quinta-feira, 28 de maio de 2015

O MENINO DA PORTEIRA

Em Ouro Fino um monumento gigantesco no trevo principal de acesso à cidade, no Sul de Minas.
por José Benedito Pereira
Na superestrutura esculpida em concreto, com dez metros de altura, feita pelo escultor cearense Genésio Gomes Moura está o sorridente menino acenando a todos que passam pelo local. A escultura ficou tão famosa que as pessoas passaram a referenciar Ouro Fino como “A terra do Menino da Porteira”.
O estrondoso sucesso da música “O Menino da Porteira” foi o grande marco para consolidar o potencial turístico da cidade. A canção foi regravada por Sérgio Reis no início dos anos 70 e se transformou num dos maiores clássicos da música sertaneja raiz.
O cantor esteve presente na inauguração do monumento, em 24 de março de 2001, e recebeu homenagem pelo sucesso da música e por tudo que ela passou a representar para a cidade mineira. Sérgio Reis chegou montado a cavalo numa tropa, com muitos cavaleiros. Bastante emocionado, Sérgio cantou com Limeira e tocou berrante. Também foram homenageados: Limeira, Tedinho  (filho de Teddy Vieira)  e  a filha do Luizinho.
– Junto à porteira foi colocada uma placa de bronze onde está imortalizada a mão direita do cantor e seu autógrafo no concreto.

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA MÚSICA E SUA REAL LIGAÇÃO COM A CIDADE 
– Já se falava muito sobre Ouro Fino e o menino da porteira, mas foi após a inauguração do monumento, com a figura do menino à beira da estrada, que a cidade foi transformada em celebridade nacional.
Foi uma grande jogada de marketing dos idealizadores da obra.
O monumento causa impacto e curiosidade nas pessoas que passam pelo local onde diariamente é registrada uma imensa quantidade de material fotográfico e vídeos, que são mostrados em todo o Brasil e no exterior através de amostras pessoais, jornais, revistas e, principalmente, internet. A construção do monumento foi um passo importante para o desenvolvimento turístico do município, um verdadeiro cartão de visita.

EU E A CIDADE
– Minha família radicou-se em Ouro Fino em 1960, e no início dos anos 70 saí para trabalhar e estudar fora, justamente quando a canção alcançou o primeiro lugar nas paradas de sucesso de todo o país. A partir de então, tornou-se comum as pessoas perguntarem sobre a real ligação da música com a história da cidade, se sua origem está realmente fundamentada em suas raizes. Muitas pessoas até questionam que a verdadeira história do menino pertence a Ouro Fino de Goiás.

Então é preciso explicar:
Quando Teddy Vieira namorava América Rizzo, que residia em Andradas (cidade localizada na região de Ouro Fino), com quem se casaria depois, costumava se encontrar em Ouro Fino com seu amigo Palmeira (da dupla Palmeira & Biá) e que familiares e amigos mais próximos de Teddy Vieira, Luizinho e Palmeira (que foi de muita importância para os ourofinenses, e continua sendo, tanto que na cidade tem uma rua com seu nome verdadeiro: Rua Diogo Mulero, confirmaram a verdadeira origem da obra que teve sua primeira gravação em 1955, com Luizinho & Limeira e em seguida Tonico & Tinoco em 1956.
Eu mesmo, quando garoto, presenciei muitas vezes meu pai coversando com o Palmeira, que possuía uma propriedade na zona rural de Ouro Fino. Naquela época, década de 60, era comum os agricultores levarem grãos de arroz em casca para serem beneficiados nas beneficiadoras da região, e meu pai era proprietário de uma delas. Com isso eu acabava escutando muito desses relatos sobre música sertaneja raiz.
Lembro-me de algumas coisas que eles conversavam, das evidências de que a melodia fora inspirada num dos encontros de Teddy Vieira com o Palmeira na cidade de Ouro Fino, assim como os primeiros versos da canção, e que o Luizinho terminou a música, mais tarde, num hotel na avenida da Liberdade, no bairro da Liberdade, em São Paulo.
A história da música não é real, porém Teddy Vieira dispunha de uma inspiração e sensibilidade acima da média. Era um grande observador do universo rural e transformava em belas e importantes canções seu cenário imaginário de coisas simples do sertão.
O menino da porteira representa o imaginário da criança do interior, além de ter sido tema de música, foi tema de filme. A primeira história, que teve como papel principal o próprio Sergio Reis, e a segunda, com o cantor Daniel, ambas com sucesso total de bilheteria.
Fonte: www.eutambemqueroir.com.br

Literatura

"Dos Barões ao Extermínio: uma história da violência da Baixada Fluminense"
Escrita por José Cláudio Souza Alves, a obra busca explicar as origens sociais da violência que produz um dos maiores índices de homicídios do mundo, que supera, inclusive, os de guerras convencionais. A raiz deste padrão de execuções sumárias é encontrada na formação social e política da região, com destaque para o processo de criação dos Esquadrões da Morte, na ditadura civil-militar e, posteriormente, no surgimento dos grupos de extermínios que, na década de 90, passam a ter vários de seus membros ocupando cargos políticos como vereadores, prefeitos e deputados. É nesta articulação política que se processa a transformação do assassino em “herói”, sua mistificação e sua relação com demais esferas e grupos políticos, ávidos por terem acesso a 25% do eleitorado do estado, composto por uma população encurralada pelos mais degradantes índices de pobreza, educação, saúde e segurança.
Fonte: www.nucleopiratininga.org.br


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Taça Libertadores da América

O triunfo sobre o River Plate em pleno estádio Monumental de Núñez, na capital Argentina, garantiu ao Cruzeiro, além da vantagem na disputa das quartas de final, um recorde entre os clubes brasileiros na Taça Libertadores da América. Com o resultado dessa quinta-feira, 21/05, a Raposa se isolou como a equipe Brasileira com maior número de vitórias na competição sul-americana: 86 em 147 jogos e 15 participações.
O recordista brasileiro em vitórias na Libertadores era o São Paulo. No entanto, o Tricolor Paulista foi alcançado na derrota contra o Cruzeiro, nas oitavas de final, por 1 a 0, no Mineirão. Tricampeões da competição, os paulistas disputaram 20 jogos e duas edições a mais que os mineiros para atingirem a marca de 85 triunfos no principal torneio da América.

O terceiro brasileiro com mais vitórias é o Palmeiras, que venceu 76 dos 148 duelos que disputou, média parecida com a do Grêmio, que conquistou 74 triunfos em 147 partidas. O Santos é o quinto colocado, com 61 vitórias em 110 jogos disputados.

Em busca do terceiro título da Libertadores, o Cruzeiro volta a encarar o River Plate na próxima quarta-feira, no Mineirão. O time mineiro tem a vantagem do empate para garantir classificação à semifinal, contra o vencedor do confronto entre Guaraní (Paraguai) e Racing (Argentina), desde que o Internacional não elimine o Santa Fé, da Colômbia. Pelo regulamento da Conmebol, a final não pode ser entre times do mesmo país.

Ranking
01º - Cruzeiro: 86 vitórias – 147 jogos
02º - São Paulo: 85 vitórias – 167 jogos
03º - Palmeiras: 76 vitórias – 148 jogos
04º - Grêmio: 74 vitórias – 147 jogos
05º - Santos: 61 vitórias – 110 jogos
06º - Corinthians: 55 vitórias – 104 jogos
07º - Flamengo: 54 vitórias – 101 jogos
08º - Internacional: 51 vitórias – 106 jogos
09º - Fluminense: 26 vitórias – 54 jogos
10º - Atlético: 26 vitórias – 63 jogos
11º - Vasco: 26 vitórias – 64 jogos.
Fonte: www.uai.com.br

Literatura

“A mulher em Juiz de Fora sob o olhar de Pedro Nava”
Escrito pela professora Rosali Maria Nunes Henriques, a obra é construída com base nas observações do médico e literato Pedro Nava (1903-1984), que nasceu em Juiz de Fora sobre a sua avó materna – Maria Luisa Pinto Coelho Jaguaribe (1847-1913). A personagem é significativa para os estudos sobre a trajetória feminina na cidade. A autora recorre à historiografia sobre o período buscando contextualizar os papéis possíveis para as mulheres de então, que tem como objetivo estudar a mulher, especialmente a burguesa, em Juiz de Fora no fim do século XIX e começo do século XX. O estudo de caso de Maria Luísa é também muito interessante, pois através dele pode-se levantar uma série de questões sobre a submissão feminina, tão discutida atualmente nos estudos de gênero.
Maria Luísa aparece como mulher branca, oriunda de grupos sociais com projeção, de hábitos escravocratas e atuando em espaços permitidos socialmente. As observações sobre a avó materna de Nava ocupam a primeira parte do estudo e a autora informa sobre a educação e os hábitos do cotidiano. Destaca como Maria Luisa viveu os condicionantes e fez o que lhe era possível em determinado contexto histórico.
A segunda parte do livro trata das memórias de Pedro Nava e mostra como o registro da trajetória de um indivíduo é o testemunho de um segmento social. Rosali Henriqus, formada em História, tem experiência profissional com narrativas orais de histórias de vida.
Os livros "Baú de ossos - memórias" (1972) e "Balão cativo memórias 2" (1973) foram usados como documentos para a construção de seu texto. Baú de Ossos e Balão cativo são os dois volumes onde Nava, ao reconstituir a trajetória de seus antepassados, criou documentos sobre a Bélle-Époque.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Série C 2015

. Participações do Tupi no Campeonato Brasileirão da Série C:
. 146 jogos: 51 vitórias, 40 empates e 55 derrotas.
. 164 gols marcados e 165 gols sofridos.
. Maior artilheiro: Wesley Tanque (Wesley Tagliati Rodrigues) (08 gols). 
. Técnico com mais partidas: Jair Bala (26 jogos).
. Melhor participação: 1997 (04º lugar).

Literatura

"Cova 312"
Escrito em forma de romance pela jornalista Daniela Arbex, o livro relata a a história real de como as Forças Armadas mataram pela tortura um jovem militante político, sumiram com seu corpo e forjaram um suicídio. A autora reconstitui o calvário deste jovem, de seus companheiros e de sua família até sua morte e desaparecimento. E continua investigando até descobrir seu corpo, na anônima "Cova 312" que dá título ao livro e ainda apresenta uma revelação bombástica para mudar um capítulo da história do Brasil. Uma história cheia de mistério, poesia, tragédia e sofrimento. O prefácio da obra é assinado pelo escritor Laurentino Gomes, da trilogia "1808", "1822" e "1889".

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Geraldo Magela Tavares

Morre em Juiz de Fora, aos 87 anos, o radialista Geraldo Magela Tavares 

Morreu no final da manhã desta sexta-feira, 08/05, aos 87 anos, o radialista e desportista Geraldo Magela Tavares. Magela, que ocupava o cargo de vice-presidente do Tupi, estava internado na Santa Casa, deixa esposa, irmãos, um filho, três filhas, netos e bisnetos.

O corpo está sendo velado na capela 02 do cemitério Parque da Saudade e o sepultamento está marcado para às 10 horas deste sábado, 09/05.


Geraldo Magela Tavares, nasceu em Astolfo Dutra, em 24 de maio de 1927. Filho de José Tavares e Marciela Tavares, casado com Nely das Dores Carnot Tavares, desde 1954 e pai de quatro filhos. Torcedor do Tupi, Botafogo e da Escola de Samba Juventude Imperial e com ligações com a Escola Acadêmicos do Manoel Honório, foi treinador do Tupi, Sport, Tupynambás, Olimpic, de Barbacena e Londrina. Dirigente do Tupi e Liga de Desporto de Juiz de Fora. Seu melhor time foi: Waldir, Manoel, Murilo, Dario e Valtencir; França e Mauro; João Pires, Moacyr Toledo, Vicente e Eurico. Trabalhou no futebol com Zezé Moreira e Telê Santana. 


Literatura

       “Casimiro de Abreu através de seus manuscritos”
Escrito por Mário Alves de Oliveira, a obra é o quarto livro que o autor dedica ao grande "poeta da saudade", Casimiro de Abreu. Grande nome do romantismo brasileiro, Casimiro de Abreu deixou alguns manuscritos que retratam aspectos biográficos e de época.

Como o título indica, traz comentários do ponto de vista biográfico e linguístico aos únicos 27 manuscritos literários que se conhecem de Casimiro, 25 dos quais encontram-se desaparecidos há quase 60 anos. O livro é uma coedição de Joséphine Edições com a Academia Brasileira de Letras.

Obs:
Casimiro José Marques de Abreu nasceu em Silva Jardim-RJ, em 04 de janeiro de 1839 e morreu em Nova Friburgo-RJ, em 18 de outubro de 1860. Filho do fazendeiro português José Joaquim Marques de Abreu e de Luísa Joaquina das Neves.