segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Flamengo de Lima Henrique

por Paulo Cézar da Costa Martins Filho

Neste domingo, 27/02, o Flamengo levantou a Taça Guanabara de 2011, conforme previ aqui. E olha que eu nem precisei consultar o Profeta!

A fórmula é simples: Marcelo de Lima Henrique escalado, vitória rubro-negra garantida.

Confiram a lista de clássicos e partidas importantes do Flamengo apitados por Lima Henrique:

07/03/2007 - Flamengo 4 x 1 Madureira - Maracanã - final da Taça GB
16/09/2007 - Flamengo 1 x 1 Vasco - Maracanã - Brasileirão
24/02/2008 - Flamengo 2 x 1 Botafogo - Maracanã - final da Taça GB
19/10/2008 - Flamengo 1 x 0 Vasco - Maracanã - Brasileirão
09/11/2008 - Flamengo 1 x 0 Botafogo - Maracanã - Brasileirão
12/04/2009 - Flamengo 1 x 0 Fluminense - Maracanã - semifinal da Taça Rio
04/10/2009 - Flamengo 2 x 0 Fluminense - Maracanã - Brasileirão
31/01/2010 - Flamengo 5 x 3 Fluminense - Maracanã - Taça GB
26/05/2010 - Fluminense 2 x 1 Flamengo - Maracanã - Brasileirão
30/01/2011 - Flamengo 2 x 1 Vasco - Engenhão - Taça GB
27/02/2011 - Flamengo 1 x 0 Boavista - Engenhão - final da Taça GB

O cartel possui 11 jogos, com 9 vitórias, 1 empate e 1 derrota. O aproveitamento em pontos é de 85%, superior ao do Barcelona atuando no Camp Nou.

Em muitos desses jogos, houve reclamações veementes dos derrotados contra a arbitragem.

Na única derrota do Flamengo na lista, o Fluminense, que seria o campeão brasileiro do ano, fez uma partida espetacular, e venceu por apenas 2 a 1.

Um extraterrestre que observasse os números poderia dizer: "o Flamengo é soberano, deve ser campeão de tudo que disputa".

Por que não é?
Seguem os jogos do mesmo Flamengo, contra os mesmos adversários, no mesmo período, mas com outros árbitros:

11/02/2007 - Flamengo 3 x 3 Botafogo (Taça Guanabara)
25/02/2007 - Flamengo 1 x 1 Vasco [PK 3x1] (semifinal da Taça Guanabara)
04/03/2007 - Flamengo 0 x 1 Madureira (final da Taça Guanabara)
25/03/2007 - Flamengo 0 x 3 Vasco (Taça Rio)
29/03/2007 - Flamengo 1 x 2 Fluminense (Taça Rio)
29/04/2007 - Flamengo 2 x 2 Botafogo (final do Campeonato Carioca)
06/05/2007 - Flamengo 2 x 2 Botafogo [PK 4x2] (final do Campeonato Carioca)
27/05/2007 - Flamengo 2 x 2 Botafogo (Campeonato Brasileiro)
16/08/2007 - Flamengo 1 x 0 Fluminense (Campeonato Brasileiro)
29/08/2007 - Flamengo 1 x 1 Botafogo (Campeonato Brasileiro)
07/10/2007 - Flamengo 0 x 2 Fluminense (Campeonato Brasileiro)
18/10/2007 - Flamengo 2 x 1 Vasco (Campeonato Brasileiro)
10/02/2008 - Flamengo 1 x 4 Fluminense (Taça Guanabara)
17/02/2008 - Flamengo 2 x 1 Vasco (semifinal da Taça Guanabara)
16/03/2008 - Flamengo 2 x 3 Botafogo (Taça Rio)
06/04/2008 - Flamengo 2 x 2 Vasco (Taça Rio)
13/04/2008 - Flamengo 0 x 3 Botafogo (semifinal da Taça Rio)
27/04/2008 - Flamengo 1 x 0 Botafogo (final do Campeonato Carioca)
04/05/2008 - Flamengo 3 x 1 Botafogo (final do Campeonato Carioca)
01/06/2008 - Flamengo 1 x 0 Fluminense (Campeonato Brasileiro)
13/07/2008 - Flamengo 3 x 1 Vasco (Campeonato Brasileiro)
27/07/2008 - Flamengo 0 x 0 Botafogo (Campeonato Brasileiro)
31/08/2008 - Flamengo 2 x 2 Fluminense (Campeonato Brasileiro)
15/02/2009 - Flamengo 1 x 1 Botafogo (Taça Guanabara)
21/02/2009 - Flamengo 1 x 3 Resende (semifinal da Taça Guanabara)
22/03/2009 - Flamengo 0 x 2 Vasco (Taça Rio)
05/04/2009 - Flamengo 1 x 1 Fluminense (Taça Rio)
19/04/2009 - Flamengo 1 x 0 Botafogo (final da Taça Rio)
26/04/2009 - Flamengo 2 x 2 Botafogo (final do Campeonato Carioca)
03/05/2009 - Flamengo 2 x 2 Botafogo [PK 4x2] (final do Campeonato Carioca)
28/06/2009 - Flamengo 0 x 0 Fluminense (Campeonato Brasileiro)
12/08/2009 - Flamengo 0 x 0 Fluminense (Copa Sul-Americana)
26/08/2009 - Flamengo 1 x 1 Fluminense (Copa Sul-Americana)
19/07/2009 - Flamengo 2 x 2 Botafogo (Campeonato Brasileiro)
25/10/2009 - Flamengo 1 x 0 Botafogo (Campeonato Brasileiro)
17/02/2010 - Flamengo 1 x 2 Botafogo (semifinal da Taça Guanabara)
14/03/2010 - Flamengo 1 x 0 Vasco (Taça Rio)
21/03/2010 - Flamengo 2 x 2 Botafogo (Taça Rio)
11/04/2010 - Flamengo 2 x 1 Vasco (semifinal da Taça Rio)
18/04/2010 - Flamengo 1 x 2 Botafogo (final da Taça Rio)
14/07/2010 - Flamengo 1 x 0 Botafogo (Campeonato Brasileiro)
01/08/2010 - Flamengo 0 x 0 Vasco (Campeonato Brasileiro)
19/09/2010 - Flamengo 3 x 3 Fluminense (Campeonato Brasileiro)
02/10/2010 - Flamengo 1 x 1 Botafogo (Campeonato Brasileiro)
24/10/2010 - Flamengo 1 x 1 Vasco (Campeonato Brasileiro)
20/02/2011 - Flamengo 1 x 1 Botafogo [PK 3x1] (semifinal da Taça Guanabara)

O retrospecto com outros árbitros é de 46 jogos, com 12 vitórias, 23 empates e 11 derrotas. O aproveitamento em pontos é de 43%, aproximadamente metade do obtido com Marcelo de Lima Henrique.

Aqui não estão as argumentações de um torcedor apaixonado. Aqui estão números, frios e incontestáveis números.

Marcelo de Lima Henrique é um jogador do Flamengo com apito na boca.
07/03/2007 – Flamengo 4 x 1 Madureira (decisão da Taça Guanabara)
Sete cartões amarelos (quatro para o Madureira), mais um pênalti a favor do Flamengo.

16/09/2007 - Flamengo 1 x 1 Vasco (Campeonato Brasileiro)
Sete cartões amarelos (cinco para o Vasco).

24/02/2008 – Flamengo 2 x 1 Botafogo (decisão da Taça Guanabara)
Nove cartões amarelos (quatro para o Botafogo), três vermelhos (dois para o Botafogo), mais um pênalti a favor do Flamengo.

19/10/2008 – Flamengo 1 x 0 Vasco (Campeonato Brasileiro)
Cinco cartões amarelos (três para o Vasco), um vermelho para o Flamengo e um pênalti não marcado a favor do Vasco aos 42 minutos do segundo tempo.

09/11/2008 – Flamengo 1 x 0 Botafogo (Campeonato Brasileiro)
Seis cartões amarelos (quatro para o Botafogo) e um vermelho para o Flamengo. O gol foi feito de pênalti discutível aos 38 minutos do segundo tempo. No primeiro tempo, não marcou pênalti claro do goleiro rubro-negro Bruno no atacante Jorge Henrique.

12/04/2009 – Flamengo 1 x 0 Fluminense (semifinal da Taça Rio)
Nove cartões amarelos (sete, isso mesmo, sete para o Flu).

04/10/2009 – Flamengo 2 x 0 Fluminense (Campeonato Brasileiro)
Três cartões amarelos (um para o Flu, dois para o Fla). No início da segunda etapa, deixou de marcar um pênalti claro do goleiro Bruno no zagueiro Digão, quando o jogo ainda estava 0×0.

Colaboração: Alexandre Magno Barreto Berwanger
Fonte: www.jornalheiros.blogspot.com

Literatura

"General Severiano - 100 anos de um campo glorioso"

O livro detalha a linha do tempo do antigo estádio do Botafogo, que se transformou no atual CT João Saldanha, além da sede administrativa e social do clube. Através de fotos, dados e registros, a casa alvinegra, que consagrou muitos ídolos e criou histórias das mais possíveis e imagináveis, é apresentada ao leitor.  

Taça Guanabara

Disputada desde 1965, a Taça Guanabara já passou por diversas mudanças. No início, a Taça GB era disputada à parte do Campeonato Estadual e servia para apontar o representante carioca na extinta Taça Brasil. O torneio nacional foi disputado até 1969, mas a Taça Guanabara continuou sendo disputada separadamente do estadual do Rio até 1971.

A partir de 1972, o Campeonato Carioca começou a ser disputado com dois turnos e a Taça Guanabara passou a equivaler ao primeiro turno, dando vaga na final do campeonato. Essa fórmula foi mantida, praticamente, até 2000. Apenas em 1980 a Taça GB foi disputada à parte. Já em 1993 e 1994, houve final entre os times que mais pontuaram no primeiro turno. Desde 2001, a Taça Guanabara ganhou um novo formato, com dois grupos, semifinal e final. Desde então, em oito edições, apenas duas vezes os quatro grandes do Rio chegaram juntos à semifinal (2008 e 2010).

Desde 1965, o Flamengo é o maior campeão da Taça Guanabara com 19 títulos, seguido pelo Vasco (11), Fluminense (08), Botafogo (05), América (01), Americano (01) e Volta Redonda (01). Dessas 45 edições, 25 campeões da Taça GB foram também campeões cariocas no mesmo ano. Isso aconteceu 10 vezes com o Flamengo, 6 com o Vasco, 5 com o Fluminense e 4 com o Botafogo.

Entre os vice-campeões, o Vasco é o primeiro com 10 vices, seguido por Flamengo e Fluminense (09), Botafogo (08), América (05), Americano (02), Madureira (01), Resende (01) e Boavista (01).

Ano - Campeão - Vice
1965 - Vasco - Botafogo
1966 - Fluminense - Flamengo
1967 - Botafogo* - América
1968 - Botafogo* - Flamengo
1969 - Fluminense* - Botafogo
1970 - Flamengo - Fluminense
1971 - Fluminense* - Botafogo
1972 - Flamengo* - Fluminense
1973 - Flamengo - Vasco
1974 - América - Fluminense
1975 - Fluminense* - América
1976 - Vasco - Flamengo
1977 - Vasco* - Flamengo
1978 - Flamengo* - Fluminense
1979 - Flamengo* - Vasco
1980 Flamengo Americano
1981 Flamengo* América
1982 Flamengo Vasco
1983 Fluminense* América
1984 Flamengo Fluminense
1985 Fluminense* Vasco
1986 Vasco Flamengo
1987 Vasco* Fluminense
1988 Flamengo Vasco
1989 Flamengo Botafogo
1990 Vasco Botafogo
1991 Fluminense Flamengo
1992 Vasco* Flamengo
1993 Fluminense Vasco
1994 Vasco* Fluminense
1995 Flamengo Botafogo
1996 Flamengo* Vasco
1997 Botafogo* Vasco
1998 Vasco* Flamengo
1999 Flamengo* Vasco
2000 Vasco Botafogo
2001 Flamengo* Fluminense
2002 Americano Vasco
2003 Vasco* Flamengo
2004 Flamengo* Fluminense
2005 Volta Redonda Americano
2006 Botafogo* América
2007 Flamengo* Madureira
2008 Flamengo* Botafogo
2009 Botafogo Resende
2011 Flamengo Boavista.
* Também conquistaram o Campeonato Carioca no mesmo ano.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Waiãpi é a primeira mulher indígena a virar militar no Brasil

Do interior da floresta amazônica, aos 14 anos, ela resolveu ir para a cidade, mendigou e passou fome, aprendeu a ler e foi condecorada com diversas medalhas de literatura. Estudou artes, foi atleta, virou fisioterapeuta e cursa hoje a terceira graduação em saúde. Essa é a trajetória de Silvia Nobre Waiãpi que, aos 35 anos, tornou-se a primeira militar indígena a integrar as Forças Armadas no Brasil, no último dia 3 de fevereiro.

A índia disputou uma vaga com 5.000 candidatos e foi aprovada com uma das melhores pontuações no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro, onde concluiu o treinamento e hoje serve no Hospital Central do Exército como aspirante. Depois de seis meses, será promovida a 2º tenente.

Natural do Estado do Amapá, Silvia nasceu na aldeia da etnia Waiãpi no Parque Indígena do Tumucumaque, extremo norte do país, na fronteira com a Guiana Francesa. Os cerca de 700 Waiãpi que existem hoje ocupam, há mais de dois séculos, os confins da Amazônia brasileira, entre os rios Jari, Oiapoque e Araguari. Da aldeia ao centro urbano mais próximo são, pelo menos, dois dias de viagem de estrada de terra batida e barco.

A índia se tornou mãe aos 13 anos, decidiu abandonar a aldeia e se mudar para o Rio de Janeiro.

Aprovada na Marinha e Exército
O contato de Silvia com o mundo militar se deu quando trabalhava como fisioterapeuta e acompanhava um grupo de fuzileiros navais. Resolveu concorrer à carreira de militar e prestou concurso em 2009, quando foi reprovada. Tentou pela segunda vez, no ano seguinte, a Marinha e o Exército.

Na formação de 45 dias para ser oficial do Exército, Silvia era uma das 37 mulheres no treinamento. Hoje, ela divide o seu tempo no Exército, em cursos de especialização em saúde pública na UFF (Universidade Federal Fluminense), gênero e sexualidade na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e está começando agora a cursar a sua terceira graduação, em gestão hospitalar numa universidade particular.

Retorno para a aldeia

Desde que deixou sua aldeia, Silvia voltou apenas quatro vezes para visitar o povo Waiãpi. A última vez foi há sete anos.

Hoje, Silvia vive com seus três filhos e uma neta de quatro meses no Rio de Janeiro. Ela casou recentemente com um militar do Exército. Quando veio ao Rio, a índia já era mãe de Ydrish, hoje com 22 anos e estudante de farmácia. Depois, aos 15 anos, Silvia teve Tamudjim, que cursa direito, e, cerca de dois anos depois, teve Yohana, que está começando a estudar relações internacionais.
Fonte: UOL

Campeonato Mineiro

Módulo 1
Uberaba 2 x 4 Tupi
Gols: Cadu, aos 19’1T e Marcinho, aos 38’2T(Uberaba); Michel Cury, aos 18’1T, Yan, aos 33’1T e Paulo Roberto, aos 12’2T e 16’2T (Tupi)
Público: 1.620 pagantes
Renda: R$ 17.260,00
Uberaba: Fernando, Maurinho (Éder), Rodrigão, Alemão e Fabiano (Bruno); Balduíno, Gustavo (Hugo), Gabriel e Cristiano Brasília; Cadu e Marcinho. Técnico: Marco Birigui
Tupi: Rodrigo, Felipe Cordeiro, Léo Devanir (Wesley Ladeira), Fabrício Soares e Fabiano (Claudinho Baiano), Paulo Roberto, Assis, Marcel, Michel Cury (Edilson) e Michel; Yan. Técnico: Leonardo Condé
Cartões Amarelos: Uberaba: Rodrigão e Gustavo, Tupi: Felipe Cordeiro, Fabiano e Marcel

América-MG 2 x 1 Atlético-MG
Gols: Neto Berola, aos 13’1T (Atlético); Fábio Júnior, aos 20’1T e 27’2T(América)
Público: 17.036 pagantes
Renda: R$ 165.200,00
Villa Nova (Nova Lima) 2 x 2 Guarani (Divinópolis)
Gols: Gedeon, aos 23’1T e 36’1T (Villa Nova); Chico Marcelo, aos 2’1T e Luiz Fernando, aos 26’2T (Guarani)
Público: 1.545 pagantes
Renda: R$ 9.200,00

Ipatinga 0 x 0 Democrata (Governador Valadares)
Público: 2.590 pagantes
Renda: R$ 10.942,50

Módulo 2
URT (Patos de Minas) 3 x 3 Ituiutaba
Gols: Ditinho, aos 29’1T, Zé Paulo, aos 36’1T e Jonatan, aos 41’1T (URT); Paulinho, aos 2’1T e 15’T e Mauro, aos 43’2T (Ituiutaba)
Público: 1.402 pagantes
Renda: R$ 13.625,00

Fluminense (Araguari) 0 x 2 Patrocinense (Patrocínio)
Gols: Maxsuel, aos 44’1T e Vinicios, aos 36’2T (Patrocinense)
Público: 771 pagantes
Renda: R$ 5.678,00

Formiga 0 x 1 Tombense (Tombos)
Gol: Emane, aos 5’2T (Tombense)
Público: 891 pagantes
Renda: R$ 6.590,00

Nacional (Nova Serrana) 6 x 3 Tricordiano (Três Corações)
Gols:Jonatas, aos 7’, 19’, 27’ e 41’2T, Robert, aos 14’2T e Diego, aos 37’2T (Nacional); Leonardo, aos 25’1T, Diego, aos 20’2T e Agnaldo, aos 25’2T (Tricordiano)
Público: 430 pagantes
Renda: R$ 3.885,00

Uberlândia 2 x 0 Mamoré
Gols: Eraldo, aos 5’2T e 12’2T

Em nome de Deus?

por João Brant*

Ligar a televisão no horário nobre e ver um líder religioso utilizando o espaço para pregar e buscar fiéis é algo que parece fora do lugar. E é. Não por ser uma manifestação religiosa, algo que é parte da cultura brasileira, mas por tornar evidente que um espaço público está sendo utilizado para fins privados.

O mundo todo discute como equilibrar os direitos à liberdade de expressão e à liberdade de crença, previstos em diversas Constituições, inclusive na brasileira. Há várias questões aí envolvidas. Primeiramente, manifestações religiosas devem ou não ser permitidas em veículos de comunicação que são concessões públicas, como rádio e TV? Se sim, deve ser permitido também o proselitismo religioso, ou seja, a prática de tentar 'vender seu peixe' e conquistar fiéis?

Na busca de respostas, é preciso pensar como esse tipo de manifestação ajuda ou afeta a liberdade de crença – que é maior do que a liberdade religiosa e inclui até o direito de não se ter religião. E lembrar que, para outras manifestações similares, como o proselitismo político, já há um consenso sobre a necessidade de regras claras para que espaços públicos não sejam tomados por grupos específicos.

No caso das religiões, deve-se perguntar, também, como garantir às distintas manifestações de fé o mesmo direito, já que não chegam a 2% as denominações religiosas presentes no Brasil que têm espaço em meios de comunicação. Deve-se também impedir que esses espaços sejam usados para ataques a outras religiões, como os que sofrem as denominações de matriz africana.

E há questões estruturais também fundamentais. Deve-se permitir canais inteiramente controlados por grupos religiosos, o que é proibido na maioria das democracias? Deve-se permitir o arrendamento de espaço – ou mesmo de canais inteiros – no rádio e na TV? Será que essa prática não configura uma verdadeira grilagem eletrônica, pela apropriação privada de um espaço público? Sejam quais forem as respostas, o nome de Deus não pode ser usado como álibi para evitar esse debate no Brasil.

*João Brant é coordenador do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.
Fonte: http://www.brasildefato.com.br/

Curiosidade

DOS GRAMADOS ao PALÁCIO do CATETE : PRESIDENTE CAFÉ FILHO foi GOLEIRO do Alecrim Futebol

por Marcelo Rozenberg*
01) Nascido em Natal em 1899, João Fernandes Campos Café Filho, ou simplesmente Café Filho, foi presidente do Brasil entre 24 de agosto de 1954 e 11 de novembro de 1955. No entanto, bem antes de se tornar político, foi goleiro do Alecrim, de Natal. Por sinal, ajudou a fundar o clube verde e branco da capital potiguar em 15 de agosto de 1915, no bairro Alecrim, famoso por seu comércio popular.

02) Arqueiro razoável, Café Filho defendeu as cores do clube de coração entre 1918 e 1919. Foi também goleiro do Ateneu. Historiadores do futebol potiguar contam que em uma partida contra o América, vestindo a camisa do Ateneu, foi substituído após o sexto gol do rival. O placar final apontou 22 a 0 para o América.

03) Café Filho era vice-presidente de Getúlio Vargas. Assumiu a presidência da República após o suicídio deste último, em 1954. Em 1970, faleceu no Rio de Janeiro.
*Marcelo Rozenberg é Jornalista
Fonte: www.musicadogol.blogspot.com

Literatura

"AFONSINHO E EDMUNDO"
José Paulo Florenzano analisa com sensibilidade a trajetória de "Afonsiho e Edmundo", dois de uma série de expoentes da rebeldia dentro do futebol brasileiro e que acabaram enquadrados na categoria de jogador - problema. A leitura do livro é fascinante e revela as malhas e os bastidores do poder em busca da produção da docilidade e da excomunhão do rebelde transformado em jogador - problema. É uma referência obrigatória para pesquisadores e apaixonados pelo futebol brasileiro.

Campeonato Mineiro

Uberaba e Tupi
Uberaba: Fernando; Maurinho, Alemão (Vinícius), Rodrigão (Ricardo) e Fabiano Souza (Helton); Baluduino, Gustavo e Gabriel e Ewerton Maradona (Cristiano Brasília); Marcinho e Cadu; Técnico: Marco Birigui.

Tupi: Rodrigo, Felipe Cordeiro, Léo Devanir, Fabrício Soares e ; Claudinho Baiano (Assis), Marcel, Michel Cury e Michel (Paulo Roberto); Evandro (Ramon) e Yan (Rafael Paty). Técnico: Léo Condé.

Arbitragem: Ronei Cândido Alves, Pablo Almeida Costa, Frederico Soares Vilarinho e Ulisses Fernando Lacerda e Silva.

A diretoria do Uberaba ainda não pagou os salários do mês de janeiro. No dia 02 de março, aniversário da cidade, o Uberaba vai fazer um amistoso com o Nacional, que se prepara poara a terceira divisão, e a verba do amistoso deve ser usada para quitar os salários.

Resultados de ontem:
América-TO 1 x 2 Cruzeiro
Gols: Jonatas Obina, aos 12’2T (América-TO) e Wallyson, aos 42’1T eRodrigo Sena (contra) aos 45’2T(Cruzeiro)

Funorte 1 x 1 Caldense
Gols: Dandão, aos 9’2T (Funorte) e Luisinho, aos 35’1T (Caldense).
A Rádio Cultura de Santos Dumont (www.radioculturasd.com.br) transmite Uberaba e Tupi, com a equipe do David Augusto.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Literatura

"Enciclopédia dos craques"
Os jornalistas Marcelo Duarte e Mário Mendes lançaram em São Paulo, o livro Enciclopédia dos Craques. A obra, dividida em dois volumes, divulga as fichas completas de mais de 1,5 mil jogadores de futebol do Brasil e do mundo.

Resultado de pesquisa feita pela dupla de jornalistas, "Enciclopédia dos Craques" responde algumas perguntas que os amantes de futebol desejam saber. O livro fala sobre 1.632 jogadores e ex-atletas brasileiros, como: A cidade de origem, a data de aniversário, em qual time foi revelado e a quantidade de títulos que conquistou na carreira.

O tema abordado no livro, curiosidades do futebol, não é novidade para Marcelo Duarte. O jornalista trabalha com o assunto há bom tempo. Atualmente, ele apresenta os programas “Fanáticos por Futebol” e “Você é Curioso?”, na Rádio Bandeirantes, e o “Loucos por futebol”, ESPN.

Mário Mendes também tem experiência na área, como produtor esportivo da Rádio Bandeirantes.

Taça Guanabara

PORQUE VOU TORCER DOMINGO PARA QUE O BOAVISTA PERCA

por José Roberto Lopes Padilha*

Nada contra a excelente campanha do time dirigido por Alfredo Sampaio, mas tenho sérias restrições ao Projeto Boavista, finalista da Taça GB, que procura seu espaço no futebol renegando valores sagrados ao esporte. O Boavista/Big Ball é uma empresa de futebol tendo como único e absoluto objetivo vender jogadores. Não pode, nem deve, ser confundido com um clube de futebol. Trata-se de um time. Não tem sede, torcedores, não possui sócios, como os clubes tradicionais, da capital e do interior, nem representam cidades, esta nova e salutar tendência de fortalecer o nome do município com a união dos clubes locais amparada pelo poder público. Como o Volta Redonda, o Nova Iguaçu, a Friburguense, o Murici e a Cabofriense.

Em entrevista ao jornal O Globo, na ultima segunda-feira, um dos seus quatro investidores declarou que o único objetivo do time “era fazer um bom campeonato para vender jogadores”. E que a meta “era ter lucro, ou o menor prejuízo possível!”. O representante de Saquarema na FERJ, de verdade, era o Barreira FC, que com as dificuldades naturais dos clubes do interior, simbolizava a região e possuía até uma pequena e apaixonada torcida. Os treinos eram realizados na região dos lagos e os jogadores e a Comissão Técnica moravam na aprazível cidade fluminense.

O Boavista comprou o Barreira, em 2004, e Saquarema se tornou apenas a sede dos jogos do time em “casa”: os treinos são realizados em Xerém, os atletas moram no Rio e no segundo semestre trocam de camisa, vão defender o Caxias na série C do Brasileirão. Onde estão concentrados para a grande decisão? Num hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro. Se o Boavista vencer o Flamengo, no domingo, não serão exibidas as lindas imagens da festa do campeão na sua cidade de origem, praças e avenidas não serão ocupadas, fontes luminosas não serão invadidas por torcedores exaltados, muito menos aeroportos e rodoviárias receberão seus heróis com festas e carreatas.

A Taça GB não irá para a sede do time (por favor, não chamem o Boavista de clube) apenas ornamentarão o frio e abastado escritório da Big Ball, na Barra da Tijuca. O máximo que ouviremos será um buzinaço promovido pelos que não tiveram a emoção de, um dia, torcer por um clube que representa uma nação. Mas se isto, infelizmente, acontecer, pobre do legado daqueles desportistas, símbolos de seus clubes, como Roberto Alvarenga, no Fluminense, e George Helal, no Flamengo, como tantos abnegados que amam o futebol e fizeram de suas vidas uma irrefutável prova de paixão e amor por seus clubes. Uma paixão sagrada, com escudo, divisões de base, hinos, cultuada nas arquibancadas, no trabalho, nos botequins e propagada por várias gerações.

O escudo que o Boavista ostenta na camisa tem uma árvore que não possuí raízes e cujos frutos não são vendidos por feirantes, mas por empresários. Não é justo, portanto, que os deuses do futebol abençoem um projeto tão frio e que joguem por terra simbolismos, como berço e tradição, na hora de ser escolhido um campeão. Ainda mais da Taça Guanabara, numa cidade chamada Rio de Janeiro, dentro de um país que venera o futebol, como o Brasil. Contra o fortalecimento das nossas agremiações esportivas, se esta onda pega, em breve os jogos serão acompanhados da Bovespa e disputados na Internet e em estádios vazios. Se é só para vender atletas, fica até mais rápido e objetivo.

Desculpe-me valorosos atletas e comissão técnica do Boavista, profissionais competentes, que alcançaram sua classificação derrotando o atual campeão brasileiro, mas sua vitória, para mim, significa renegar sagrados valores que aprendi a cultuar nos 7 clubes que defendi durante 17 anos como atleta profissional. Mesmo sendo tricolor, tomara que no domingo o clube derrote o time, seja consagrado campeão, e prorrogue um pouco mais o tempo em que a caixinha de surpresas dava as cartas no futebol, e não quem se apoderou da chave do cofre.

*José Roberto Lopes Padilha (Zé Roberto), nasceu em Três Rios, no Vale do Paraíba, é jornalista formado pela Unicarioca. Ex-atleta profissional de futebol, jogou no Fluminense, Flamengo e Santa Cruz. Técnico de futebol, é Coordenador de Esportes da Prefeitura de Três Rios.
Escreveu três livros sobre futebol:
“Futebol: a dor de uma paixão”,
“À beira de um gramado de nervos”,
“55 Reversível”, editado pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: www.blogdoiata.com/

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Gilmar Ferreira e Oscar Ulisses definiram o nome do narrador esportivo que vai substituir Gustavo Vilani. Trata-se de Doni Vieira, locutor de 32 anos e que atua na Band Sports e Rádio 105 FM, de Jundiaí.

Doni Vieira vai ocupar a vaga deixada por Gustavo Vilani, que foi para a Rede Eldorado de Rádio/ESPN.

Futebol

Heródoto Barbeiro troca CBN e Cultura por Record News

A Record acaba de contratar o jornalista Heródoto Barbeiro. Ele será o principal âncora do canal de notícias da rede, o Record News, que passará por grandes reformulações.

Com a contratação, Heródoto deve deixar a TV Cultura, onde está há mais de 20 anos, e a rádio CBN, que pertence às organizações Globo. A saída da CBN não será nada fácil, uma vez que Heródoto é um dos principais nomes da rádio e muito querido pelos seus ouvintes.

A estréia dele na Record News deve acontecer em abril.
Fonte: UOL

Futebol

Copa União 1987 e Clube dos 13 – A Linha do Tempo e do Dinheiro

por Mauro Beting*

Eu sei. É chato. Mas não acabou. Nem vai acabar.
É preciso ser ainda mais chato. Tentar mostrar a linha do tempo de quem perdeu a linha, mas não o dinheiro.

Tudo começa no início de 1986, quando Octávio Pinto Guimarães, ex-presidente da Federação do Rio, e Nabi Abi Chedid, ex-presidente da Federação Paulista, concorrem à presidência da CBF, em oposição a Medrado Dias, candidato apoiado por Giulite Coutinho, de elogiável atuação, entre 1980 e 1986. A disputa acirrada foi vencida pela oposição. Com uma jogada típica da parelha que assumiria (ou não) o comando (ou não) do futebol brasileiro. Como o estatuto da entidade previa, em caso de empate, a posse do candidato mais velho, o que daria vantagem a Medrado Dias, Nabi e Otávio inverteram a ordem da chapa horas antes da votação. O vice Octávio virou presidente. O presidente Nabi virou vice. E assim venceram. Sem, na prática, precisar da manobra. Ganharam por um voto. 13 a 12. Um voto foi anulado por estar rasurado.

E a trapalhada começou no dia da posse. Octávio não cedeu o comando do futebol totalmente como era previsto. Gostou do cargo, e não apenas das questões administrativas, financeiras e políticas. Nabi, raposa da política partidária, líder do PFL na Assembleia Legislativa paulista, estrilou, e começou a mandar do seu jeito. A duplicidade de poder ajudou a enxovalhar um futebol que perderia de vez o rumo no BR-86.

BRASILEIRÃO DE 1986
A confusão é ainda maior e mais chata que a da Copa União e da criação do Clube dos 13.

“Em 1986, a CBF conseguiu (des) organizar o mais bagunçado Campeonato da história (e isso, amigos, é um feito). Era um monstrengo com 80 clubes divididos em 8 grupos de 10 – quatro de elite, quatro menos votados. Classificavam-se para a segunda fase os sete primeiros dos quatro primeiros grupos (28 clubes) e mais os vencedores dos grupos inferiores (4). E, para temperar com ácido a feiúra deste rostinho, ali pelo fim da primeira fase uma decisão do STJD (ele já existia) deu ao Joinville pontos de um jogo contra o Sergipe (por causa de doping). O Vasco, eliminado por isso, entrou na justiça comum para cassar a decisão. E conseguiu.

Para evitar uma guerra de liminares, a CBF tentou desclassificar a Portuguesa, por conta de um problema com ingressos. Os clubes paulistas reagiram solidários e ameaçaram boicotar a segunda fase. A entidade máxima, pois, encontrou uma solução salomônico-genial: botar todo mundo pra dentro. A segunda fase passou a ter 33 times. O problema é que com número ímpar de equipes ficou difícil fazer a tabela. A saída foi convidar mais três equipes pela janela – Santa Cruz, Sobradinho e Náutico. Essa vergonhosa zona – no primeiro ano de uma polêmica nova gestão na CBF (a dupla Otávio Pinto Guimarães – Nabi Abi Chedid) – plantou a “revolução” do ano seguinte. No fim, o São Paulo foi campeão, derrotando o Guarani de Ricardo Rocha em Campinas e nos pênaltis. O América-RJ ficou em terceiro (depois de eliminar o Corinthians) e o Atlético-MG em quarto.

O detalhe a observar: antes do Campeonato, e por pressão dos clubes, o Conselho Nacional de Desportos (CND) e a CBF acertaram que 1986 seria “classificatório” para 1987. Dos 44 times dos módulos de “cima” do torneio – 24 seriam classificados para a primeira divisão do ano seguinte. A confusão jurídica implodiu essa combinação – e evitou que dois times grandes disputassem a segundona num suposto campeonato de 1987 (Botafogo e Coritiba).”

E TEM MAIS!!!
Não era só a bagunça no BR-86. Era um Brasil que se ensaiava diferente, depois da ditadura militar. A eleição indireta de Tancredo Neves, em janeiro de 1985, iniciava a Nova República. Não tão nova assim quando o ex-(para sempre) situacionista José Sarney assumiu o poder, com a morte do presidente que nem posse chegou a tomar, em 21 de abril de 1985. A eleição do Congresso constituinte, em novembro de 1986, botou tudo no caldeirão político. Era hora de reformar o país. O futebol, ainda atrelado ao Ministério da Educação via Conselho Nacional dos Desportos (CND), também era pauta do dia. E plataforma de votos.

Melhor explica o jornalista UBIRATAN LEAL:
“Enquanto a CBF estava à deriva, os clubes já se organizavam para fazerem valer seus interesses. No caso, a maior preocupação era fazer lobby para incluir na pauta da Assembleia Constituinte um artigo que lhes desse autonomia de organização e funcionamento. A campanha foi bem sucedida e a união de clubes ganhou força. Em abril de 1987, Flamengo e São Paulo se negaram a ceder seus jogadores para uma excursão da Seleção Brasileira à Europa e tiveram respaldo do CND. Márcio Braga, presidente do Flamengo na época, saiu da reunião que anulou a convocação da Seleção dizendo, triunfante, que era o “fim do autoritarismo no futebol brasileiro”.

Em junho de 1987, Octávio Pinto Guimarães anunciou: “a CBF não tem condições de organizar o Campeonato Brasileiro deste ano”. O motivo era a falta de dinheiro para arcar com as viagens dos times e outras despesas da competição. Sob o risco de ficar sem a competição que já era a mais importante do calendário, os grandes clubes resolveram tomar as rédeas da situação. “Liguei para o Nabi e perguntei se era sério o que o Octávio falava. Ele disse que era e ‘deu a bênção’ para que organizássemos o campeonato se quiséssemos”, conta Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo e do Clube dos 13″
http://www.balipodo.com.br/

Giulite Coutinho presidiu a CBF com notável correção de 1980 a 1986
Octávio Pinto Guimarães presidiu a CBF de 17 de janeiro de 1986 a 16 de janeiro de 1989
Ricardo Teixeira foi eleito presidente da CBF em 16 de janeiro de 1989
João Havelange presidiu a Fifa de 1974 a 1998

30/01/88 – Guarani x Sport se enfrentam no Brinco. Empate por 1 a 1. No mesmo horário deveriam jogar no Beira-Rio Inter x Flamengo, mas, na mesma hora, Flamengo estreava na Taça Guanabara, contra o Vasco, no Maracanã.

06/02/88 – Jogo de volta decisivo do quadrangular do BR-87. Ilha do Retiro. SBT transmitiu. Marco Antonio de cabeça aproveitou de cabeça um cruzamento do lateral Betão. 1 x 0 Sport. Campeão do quadrangular decisivo do BR-87. Campeão de direito do BR-87.

O time dirigido por Jair Picerni, que substituíra Emerson Leão, que deixara o clube em dezembro: Flávio; Betão, Estevam, Marco Antonio e Zé Carlos Macaé; Rogério, Ribamar e Zico; Robertinho, Nando e Neco.

O Guarani vice-campeão de direito: Sérgio Neri; Baiano (o titular Giba estava machucado), Luciano, Ricardo Rocha e Albéris; Nei, Paulo Isidoro e Marco Antonio Boiadeiro; Catatau, Evair (com hérnia de disco, atuou no sacrifício) e João Paulo.

LIBERTADORES-88 – Campeão e vice do quadrangular final do BR-87 (Copa União), Sport e Guarani foram os representantes brasileiros na Libertadores, que começou em julho.

COPA UNIÃO II ou BR-88 – Além dos 16 do Módulo Verde de 1987, os sete primeiros do Módulo Amarelo de 1987 (Sport, Guarani, Bangu, Atlético-PR, Criciúma, Vitória e Portuguesa) e mais o América carioca, convidado pela CBF, mesmo depois de ter desistido de participar do Módulo Amarelo em 1987.
*Mauro Beting é Jornalista
Nome de ditador líbio pode ser escrito de dezenas de formas: Muammar Gaddafi, Muamar Khadafi, Muammar al-Gathafi, Momar Kadaffi.

Há tantas maneiras de escrever o nome do ditador da Líbia, no poder desde 1969, que muitos podem pensar que não é a mesma pessoa.

A confusão se justifica pelo fato de não haver um consenso entre especialistas para a transliteração de nomes árabes para o alfabeto latino, usado na maioria das línguas ocidentais. A escrita é baseada nos fonemas árabes.

A liberdade para combinar as letras gerou 112 diferentes formas de escrever o nome do ditador, de acordo com a rede norte-americana ABC.

Segundo a ABC, a biblioteca do Congresso americano lista 72 grafias diferentes. O jornal "New York Times" e as agências Associated Press (americana) e Xinhua (chinesa) utilizaram 40 grafias de 1998 a 2008. Atualmente, o "NYT" grafa "Qaddafi".

SONS DIFERENTES
Com 28 letras, o alfabeto árabe tem caracteres completamente distintos dos do latino, alguns sem sons correspondentes em português.

Segundo o professor Helmi Nasr, ligado à Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, há duas letras no nome de Gaddafi que não possuem equivalência no alfabeto latino. Uma delas poderia ser uma espécie de "q" enfático e a outra, algo como "tzhã".

Para o tradutor árabe Ibrahim Errguybi, a grafia do nome do líbio "depende da pronúncia de cada um". Gaddafi é referência a Gadhadhfa, a tribo de origem do ditador.

Taça das Bolinhas

A BATALHA DO FUTEBOL, FORA DE CAMPO. ORA, BOLAS! OU BOLINHAS
por Rodney Brocanelli

1987 parece que não quer terminar na história do futebol brasileiro. Ele começa, de fato, quando a CBF, então presidida pelo sr. Otávio Pinto Guimarães, anuncia que não tem condições de organizar o campeonato brasileiro daquele ano.

Os clubes, então, decidem tomar a frente da situação e criam o Clube dos 13, uma entidade cujo fim seria organizar a competição. Nascia assim a Copa União. Terminava dessa forma a era dos torneios inchados de clubes com pouca ou nenhuma representatividade.

Dezesseis clubes disputaram a Copa União: os grandes de cada estado, mais Bahia, Goiás e Santa Cruz. A competição foi um sucesso dentro e fora de campo. Contudo, os dirigentes resolveram atrapalhar um pouco. A mesma CBF, que lá atrás alegava não poder organizar a competição, decidiu juntar todos os clubes que ficaram de fora da festa em outro torneio. E mais: fez com que o campeão e vice cruzassem com os finalistas da Copa União.

Eurico Miranda, responsável pelo Vasco, encampou a idéia da CBF. E aí nasce toda a confusão. Os finalistas da Copa União, Flamengo (campeão) e Internacional (vice) não quiseram pegar os finalistas do módulo amarelo (o torneio da Confederação Brasileira de Futebol, que eram Sport e Guarani (que dividiram o título).

O tal quadrangular saiu, em janeiro de 1988, sem a presença de Fla x Inter. Sport e Guarani venceram as partidas que deveriam disputar contra a dupla por WO. O time pernambucano venceu a final e isso facilitou a situação para que a CBF o proclamasse como campeão. Desde então, a polêmica não cessou. Nem mesmo quando a entidade máxima do futebol nacional decidiu, no último dia 21, oficializar o Flamengo como campeão brasileiro, ao lado do Sport.

Como temos dois campeões, claro que não poderiam faltar também dois vices: Internacional e Guarani. Há quem diga que a canetada é uma forma de dividir os clubes, que atualmente negociam os direitos de transmissão do campeonato brasileiro, a partir de 2012.

História contada, vamos ao comentário. Para mim, o legítimo campeão daquele ano é o Sport. O Clube dos 13 deveria ter radicalizado no processo de revolução do campeonato brasileiro. Deveriam ter afastado a CBF de vez quando viram que tinham a galinha dos ovos de ouro na mão. No entanto, seus integrantes não estavam agindo de forma coesa, basta ver a atitude de Eurico Miranda. Ela facilitou, e muito, para que a CBF retomasse o controle do Brasileirão, tanto que o campeonato do ano seguinte voltou a ser organizada por ela.

Portanto, a tal revolução que se prometia ficou apenas pela metade. Os clubes conseguiram enxugar o campeonato, e só. Se eles deixaram que a entidade tomasse novamente conta de tudo, fica claro que ela tem o direito legítimo de proclamar o campeão, qualquer um que seja.

Se Flamengo e Internacional não se recusassem a disputar o tal quadrangular, todo esse problema não estaria acontecendo, vinte e três anos depois. O Fla tinha time para repetir a dose e obter uma nova conquista. Zico, Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho estavam voando na época.

Como tudo o que está problemático pode ser piorado, a grande discussão de agora é sobre a Taça das Bolinhas, que seria dada ao primeiro clube que fosse cinco vezes campeão. O São Paulo acha que tem direto ao troféu, uma vez que ao conquistar o seu quinto título brasileiro em 2008, o Sport era, oficialmente, o único campeão de 87. Agora, com a oficialização do título do Flamengo, uma nova batalha se inicia. Pena que fora de campo.
Fonte: FG-News

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Desigualdade social e renda injusta

por Frei Betto (Carlos Alberto Libânio Christo)*

Entre os 15 países mais desiguais do mundo, 10 se encontram na América Latina e Caribe. Atenção: não confundir desigualdade com pobreza. Desigualdade resulta da distribuição desproporcional da renda entre a população.

O mais desigual é a Bolívia, seguida de Camarões, Madagascar, África do Sul, Haiti, Tailândia, Brasil (7º lugar), Equador, Uganda, Colômbia, Paraguai, Honduras, Panamá, Chile e Guatemala.

A ONU reconhece que, nos últimos anos, houve redução da desigualdade no Brasil. Em nosso continente, os países com menos desigualdade social são Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai.

Na América Latina, a renda é demasiadamente concentrada em mãos de uma minoria da população, os mais ricos. São apontadas como principais causas a falta de acesso da população a serviços básicos, como transporte e saúde; os salários baixos; a estrutura fiscal injusta (os mais pobres pagam, proporcionalmente, mais impostos que os mais ricos); e a precariedade do sistema educacional.

No Brasil, o nível de escolaridade dos pais influencia em 55% o nível educacional a ser atingido pelos filhos. Numa casa sem livros, por exemplo, o hábito de leitura dos filhos tende a ser inferior ao da família que possui biblioteca.

Na América Latina, a desigualdade é agravada pelas discriminações racial e sexual. Mulheres negras e indígenas são, em geral, mais pobres. O número de pessoas obrigadas a sobreviver com menos de um dólar por dia é duas vezes maior entre a população indígena e negra, comparada à branca. E as mulheres recebem menor salário que os homens ao desempenhar o mesmo tipo de trabalho, além de trabalharem mais horas e se dedicarem mais à economia informal.

Graças à ascensão de governos democráticos-populares, nos últimos anos o gasto público com políticas sociais atingiu, em geral, 5% do PIB dos 18 países do continente. De 2001 a 2007, o gasto social por habitante aumentou 30%.

Hoje, no Brasil, 20% da rendas das famílias provêm de programas de transferência de renda do poder público, como aposentadorias, Bolsa Família e assistência social. Segundo o IPEA, em 1988 essas transferências representavam 8,1% da renda familiar per capita. De lá para cá, graças aos programas sociais do governo, 21,8 milhões de pessoas deixaram a pobreza extrema.

Essa política de transferência de renda tem compensado as perdas sofridas pela população nas décadas de 1980-1990, quando os salários foram deteriorados pela inflação e o desemprego. Em 1978, apenas 8,3% das famílias brasileiras recebiam recursos governamentais. Em 2008, o índice subiu para 58,3%.

A transferência de recursos do governo à população não ocorre apenas nos estados mais pobres. O Rio de Janeiro ocupa o quarto lugar entre os beneficiários (25,5% das famílias), antecedido por Piauí (31,2%), Paraíba (27,5%) e Pernambuco (25,7%). Isso se explica pelo fato de o estado fluminense abrigar um grande número de idosos, superior à media nacional, e que dependem de aposentadorias pagas pelos cofres públicos.

Hoje, em todo o Brasil, 82 milhões de pessoas recebem aposentadorias do poder público. Aparentemente, o Brasil é verdadeira mãe para os aposentados. Só na aparência. A Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE demonstra que, para os servidores públicos mais ricos (com renda mensal familiar superior a R$ 10.375), as aposentadorias representam 9% dos ganhos mensais. Para as famílias mais pobres, com renda de até R$ 830, o peso de aposentadorias e pensões da previdência pública é de apenas 0,9%.

No caso do INSS, as aposentadorias e pensões representam 15,5% dos rendimentos totais de famílias que recebem, por mês, até R$ 830. Três vezes mais que o grupo dos mais ricos (ganhos acima de R$ 10.375), cuja participação é de 5%.

O vilão do sistema previdenciário brasileiro encontra-se no que é pago a servidores públicos, em especial do Judiciário, do Legislativo e das Forças Armadas, cujos militares de alta patente ainda gozam do absurdo privilégio de poder transferir, como herança, o benefício a filhas solteiras.

Para Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, no Brasil "o Estado joga dinheiro pelo helicóptero. Mas na hora de abrir as portas para os pobres, joga moedas. Na hora de abrir as portas para os ricos, joga notas de cem reais. É quase uma bolsa para as classes A e B, que têm 18,9% de suas rendas vindo das aposentadorias. O pobre que precisa é que deveria receber mais do governo. Pelo atual sistema previdenciário, replicamos a desigualdade.”

A esperança é que a presidente Dilma Rousseff promova reformas estruturais, incluída a da Previdência, desonerando 80% da população (os mais pobres) e onerando os 20% mais ricos, que concentram em suas mãos cerca de 65% da riqueza nacional.
*Frei Betto é Escritor

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Campeonato Mineiro

Tupi-JF 01 x  01 América-TO
Tupi dá vexame, técnico mexe mal na equipe e time sai de campo com empate que teve gosto amargo de derrota.

Gols: Michel Cury, de falta, aos 11’1T (Tupi-JF); Rogério Ávila, aos 34’2T (América-TO)
Tupi-JF: Rodrigo, Felipe Cordeiro, Léo Devanir, Fabrício Soares, Fabiano (Paulo Roberto), Assis, Marcel (Felipe Santos), Michel Cury e Michel. Evandro e Yan (Rafael Paty), Técnico: Leonardo Condé
América-TO: Eládio, Osvaldir, Luis Henrique, Jádson, Bruno Barros, Júnior Pereira (Rogério Ávila), Araújo (Leandrinho), Felipe Dias e Wellington Bruno; Jonatas Obina e Chris (Luizinho). Técnico: Gilmar Estevam

Cartões Amarelos:
Tupi-JF: Felipe Cordeiro, Marcel e 10-Michel Cury
América-TO: Araújo, Jonatas Obina, Chris, Leandrinho e Rogélio Ávila
Público: 2.048 pagantes
Renda: R$ 7.886,00

Literatura

"Sampaio Corrêa: uma paixão dos maranhenses"
No próximo dia 25 de Fevereiro, um dia após a estréia do Sampaio Corrêa na Copa do Brasil, em São Luís, contra o Sport Recife, o torcedor boliviano ganhará mais um presente. Trata-se do lançamento do livro "Sampaio Corrêa: uma paixão dos maranhenses".

O escritor Hugo José Saraiva Ribeiro conta a história dos 88 anos do clube mais tradicional do Maranhão, suas glórias, seus ídolos, seus recordes, seus jogos importantes e bastidores.

O livro, com cerca de 200 páginas, conta com uma coleção de cerca de 70 fotos e segue a cronologia de evolução do clube desde a sua fase amadora, nos primórdios do futebol no Maranhão, até os dias de hoje. Peculiaridades e passagens curiosas, além de uma leitura agradável e linguajar acessível serão encontrados nesta obra que é fonte indispensável de pesquisas do boliviano de verdade e de quem mais quiser se aprofundar na história do time mais antigo em atividade no Maranhão.

Campeonato Mineiro

Tupi (Juiz de Fora) e América (Teófilo Otoni)
Tupi-JF: Rodrigo; Felipe Cordeiro; Léo Devanir, Fabrício Soares e Fabiano; Assis (Felipe Santos), Marcel, Michel e Michel Cury; Evandro e Yan (Rafael Paty). Técnico: Léo Condé
América-TO: Fábio Noronha; Luis Henrique, Junior Pereira e Jadson; Osvaldir, Felipe Dias, Araújo, Wellington Bruno e Bruno Barros; Jonatas Obina (Rogélio Ávilla) e Chrys. Técnico: Gilmar Estevam
Arbitragem:
Emérson de Almeida Ferreira, Pedro Araújo Dias Cotta, Marcelo Francisco dos Reis e Juan Carlos Montez Maia

Transmissão:
A Rádio Cultura de Santos Dumont (www.radioculturasd.com.br) transmite o jogo com: Edson Palma, João Begati, Carlos Ferreira, Sérgio Rodrigues, Evandro Begati e Guilherme Galdino.

Democrata de Governador Valadares

A diretoria do Democrata-GV que demitiu o técnico Anthoni Santoro, já apresentou José Maria Pena e a estreia acontece segunda-feira, contra o Villa Nova, em Valadares.

José Maria Pena já levou o time ao vice-campeonato mineiro em 1991, foi campeão do Módulo II em 2005 e em 2007, chegou às semifinais do Módulo I, conquistando o campeonato do interior.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Imprensa

Gustavo Vilani
Gustavo Vilani está chegando à ESPN Brasil, para narrar nos Canais ESPN e na Rádio Eldorado/ESPN (AM 700 kHz e FM 107,3 MHz - São Paulo/SP).

Villani deve deixar a Rádio Globo (AM 1.100 kHz - São Paulo/SP) no fim deste mês de fevereiro ou até um novo narrador ser contratado pelo SGR (Sistema Globo de Rádio).
Fonte: AB

Reinaldo Costa
A estreia do narrador Reinaldo Costa na Rádio CBN Cuiabá (AM 590) aconteceu no domingo, 13/02. O renomado locutor esportivo narrou o jogo Operário e Luverdense, no Estádio Presidente Dutra.

“Venho para Mato Grosso com muito orgulho e muita disposição para colaborar com a recuperação do futebol regional”, diz o narrador. “O advento da Copa é um aliado importante e se a imprensa de uma forma geral trabalhar positivamente, unindo forças, é possível sim crescer e chegar novamente a uma vitrine nacional”.

Na esteia Reinaldo teve ao seu ladoos comentaristas Antero Paes de Barros, os repórteres Adilson Gonçalves, Oliveira Júnior e Cézar Augusto.

Reinaldo Costa foi contratado pela "Equipe de Ouro" da Rádio CBN Cuiabá, que, numa atitude ousada, demonstra de forma inquestionável que aposta e acredita na redenção do futebol regional rumo ao tão esperado momento da Copa do Mundo de 2014.

Paulista de Cruzeiro (pequena cidade na divisa com o Rio de Janeiro), Reinaldo vem de uma família de radialistas – dos cinco homens, quatro seguiram a profissão. Começou a carreira na Rádio Mantiqueira, de Cruzeiro. Depois, trabalhou nas rádios Cultura e Educação Rural, de Campo Grande-MS.

Reconhecido como um dos grandes nomes da radiofonia brasileira, Reinaldo também passou por outras emissoras importantes dos grandes centros, como a Globo-SP, Record-SP e Eldorado-SP – com a equipe da ESPN Brasil.
Fonte: AC

Literatura

"Todo dia nunca é igual"
O livro “Todo dia nunca é igual”, dos jornalistas José Carlos Fernandes e Márcio Renato dos Santos, com projeto gráfico de Lúcio Barbeiro, será lançado no próximo dia 17/02, às 19h30, no Espaço Cultural David Carneiro. Na ocasião também será feita o lançamento do aplicativo da Gazeta do Povo no iPad.

Durante o evento de lançamento, os convidados poderão conferir painéis com os principais trechos do livro que faz parte das comemorações dos 92 anos da Gazeta do Povo, completados no início do mês. A obra traz uma leitura de Curitiba e do Paraná a partir das páginas do jornal no decorrer de nove décadas. É uma grande crônica, mostrando como o jornal esteve inserido na sociedade ao longo dos anos.

Trata-se de uma grande reportagem: é como se os autores entrevistassem a Gazeta do Povo. “O jornal é o personagem. A ideia foi mostrar como o jornal pode revelar o espírito da cidade, como o jornal conseguiu mudar o olhar dos curitibanos e como foi importante para o crescimento de Curitiba e do Paraná”, destaca Fernandes.

Para entender a Gazeta do Povo, suas origens e sua virada na década de 60, os autores fizeram a leitura de todas as edições do periódico, processo que durou cerca de um ano. Márcio dos Santos ressalta que a obra não é um livro de história. O livro revela uma Gazeta que poucos conhecem, mostra a trajetória do Paraná junto com a Gazeta do Povo, com o registro de fatos pitorescos e curiosos.

O livro “Todo dia nunca é igual” não será comercializado. A distribuição será gratuita e dirigida. Além disso, será realizada uma ação para assinantes da Gazeta do Povo. Uma versão do livro para o iPad também estará disponível para download gratuitamente na Apple Store.

Gazeta no iPad
A Gazeta do Povo estreia no mundo dos tablets. Os convidados para a noite de autógrafos também poderão conhecer a versão da Gazeta do Povo no iPad. O conteúdo no iPad consegue reunir recursos do mundo digital e manter a disposição das reportagens no impresso, proporcionando o mesmo conforto e mobilidade de leitura.

O download do aplicativo é feito na Apple Store e a cobrança será feita por edição. A facilidade é que uma vez realizado o download da edição do dia, a leitura pode ser feita off-line. Inicialmente, será disponibilizado na edição para iPad o conteúdo dos cadernos Vida e Cidadania, Vida Pública, Economia, Mundo, Esportes e Caderno G.

Os autores:
José Carlos Fernandes, graduado em Filosofia, Belas Artes e Jornalismo. Trabalha na Gazeta do Povo desde 1989. Faz doutorado em Estudos Literários. Professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Marcio Renato dos Santos, 36 anos, é jornalista, mestre em Estudos Literários pela UFPR, com dissertação sobre a obra do escritor Newton Sampaio. Trabalhou no projeto Brasil diferente, da Imprensa Oficial do Paraná, na gestão Miguel Sanches Neto, entre 1999 e 2002, quando foram editadas mais de 100 obras. Santos é autor do livro de contos Minda-Au, publicado pela Editora Record. Está na Gazeta do Povo desde 2007.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

"Cruzeiro e Atlético é o maior clássico regional"

Domingo último, como de hábito, estava eu ouvindo algumas emissoras de rádio pela internet. Tomei conhecimento de que o bom narrador paulista, de Araras, Ederaldo Poy ia narrar Poços de Caldas e Tricordiano, pela Rádio Cultura de Poços. O outro narrador, Júlio Garcia, estava retornando de Teófilo Otoni, onde narrou Caldense e América. Tenho acompanhado meus amigos Ailton Fonseca e José Henrique, pela Rádio Clube de Pouso Alegre, Waldir Vieira, pela Manhumirim AM.

À noite acompanhei São Bernardo e Ponte Preta pelas emissoras de Campinas. A única emissora AM de São Bernardo "funciona" em São Paulo, prega o proselitismo e nenhuma entidade de classe cobra uma atitude dos governantes, do ministério das comunicações, etc. Mas voltando ao rádio ativo, as Rádios Bandeirantes e Central estavam no ABC, já a Brasil, com Edmilson Silva e o ótimo Washington Melo, estava no "geladão", mas o que me chamou a atenção, foi no meio da tarde. Ouvindo uma emissora de expressão nacional. Ouvindo pela net, já que no AM a potência parece reduzida e as clones, são clones em papel de quinta categoria, atropelam as falas, cortam as matérias.

Voltando ao objeto desta, o rapaz que fica em Belo Horizonte, ainda não memorizei o nome dele, disse que o clássico Cruzeiro e Atlético é o maior confronto regional. Quase caí da cadeira, estou preferindo a surdez. Por essas e outras de que há uma afirmação em Belo Horizonte, de que em cada 10 rádios, 11 estão ligados na Itatiaia. O que é uma lástima, porque na verdade não foi a Itatiaia que cresceu, e sim, a Guarani que morreu e a Inconfidência definhou. A programação picotada da Itatiaia, é confusa, pouca coisa se salva. Aqui em Juiz de Fora, estamos distante 250 KM de Belo Horizonte e 500 KM de São Paulo, e no entanto nos 1150 AM, à noite, eu só consigo sintonizar a Tupi-SP. Essa de afimar que Cruzeiro e Atlético é o maior clássico regional é tão dura quanto àqueles, poucos, felizmente, que afirmam que Leonardo Moura é o "melhor" lateral direito do Brasil.

Isso mostra que não temos olhos além de nosso quintal. Issso me faz ter saudades do Mário Marra. Coitado do Piquitito, tá sozinho nesse barco. Nosso campeonato, o RURAL, na verdade o campeonato dos Perrellas e do Kalil, é ridículo, 12 times (sonho com 14, ou 16), 11 rodadas para 08 deles.

Alguém sabe o destino dado às ondas curtas da Rádio Globo no Rio e em São Paulo. Porque da omissão nos destinos perversos dados a elas? Dr Roberto Marinho, um radiodifusor de verdade, deve estar revirando no túmulo.
 
Tá difícil continuar vivendo em Minas!!!

Villa Nova Atlético Clube

por Wagner Augusto*

O Villa Nova continua se reforçando para a sequência do Campeonato Mineiro. Na tarde desta segunda-feira o diretor de futebol Nélio Aurélio confirmou a contratação de mais dois reforços: o atacante Müller, 19 anos, e o volante Anderson Uchoa, 20 anos. Müller foi revelado pelo Ipatinga, time que defendeu no Campeonato Brasileiro da Série B do ano passado. Em 2011 teve seus direitos federativos adquiridos pelo Cruzeiro, que agora emprestou o atleta para o Leão do Bonfim.

Anderson Uchoa também tem vínculo com o Cruzeiro, equipe em que atuou nas categorias de base. O jogador foi emprestado para a Cabofriense-RJ, no entanto, não acertou com o clube fluminense e foi cedido ao Villa Nova.

Nome: Müller Brenner Pereira Lima
Data de Nascimento: 25/7/1991
Naturalidade: Ipatinga-MG
Altura: 1,84m
Peso: 71kg
Posição: Atacante

Nome: Anderson Uchoa dos Santos
Data de Nascimento: 4/2/1991
Naturalidade: Aracaju-SE
Altura: 1,81m
Peso: 80kg
Posição: Volante.
*Wagner Augusto é Jornalista e Assessor de Imprensa do Villa Nova

Literatura

Ronaldo Luís Nazário de Lima

Chegou ao fim nesta segunda-feira, 14/02, a carreira de um dos maiores jogadores da história do futebol. Ronaldo Luís Nazário de Lima nasceu no Rio de Janeiro-RJ, no dia 22 de setembro de 1976.

A carreira
O início de Ronaldo no futebol aconteceu no São Cristóvão, clube do Rio de Janeiro. Em 1993, ele foi contratado pelo Cruzeiro por irrisórios US$ 10 mil (hoje R$ 17 mil), onde estreou como profissional. Em 44 partidas na equipe mineira, anotou 44 gols.

O surgimento meteórico rendeu ao promissor atacante, aos 17 anos, a convocação por Carlos Alberto Parreira para a Copa do Mundo de 1994. Do banco de reservas, ele participou da conquista do tetracampeonato mundial.

A entrada no milionário futebol europeu ocorreu pela Holanda, no PSV Eindhoven, onde marcou 54 gols em 57 jogos.

Em 1996, o brasileiro foi vendido ao Barcelona por US$ 20 milhões. Na temporada 1996-1997, fez 47 gols em 49 partidas e ganhou o apelido de Fenômeno.

Eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em 1996 e 97, Ronaldo se transferiu para a Internazionale, de Milão, por US$ 36 milhões.

Na Copa do Mundo de 1998, balançou as redes quatro vezes, porém o que entrou para a história foi o mal-estar que ele sofreu na véspera da decisão com a França, quando foi levado às pressas ao hospital. Participou da final, mas pouco fez.

Na Itália manteve a alta média de gols (99 em 59 exibições), porém começou a conviver com as lesões no joelho. Foram duas consecutivas e cerca de 20 meses longe da bola.

Foi para o Mundial de 2002 sob a desconfiança de parte da torcida e da imprensa. Brilhou, foi o artilheiro com oito gols e voltou a ser o melhor do mundo no final do ano.

O sucesso no Japão e na Coreia do Sul fez com que o Real Madrid o contratasse por US$ 45 milhões. Entre 2002 e 2007, marcou 104 gols em 177 jogos na Espanha.

Na Copa de 2006, marcou mais três gols e virou o maior artilheiro de todos os tempos em Copas do Mundo.

A partir daí, começou a queda na carreira do astro. Transferiu-se para o Milan por US$ 9,5 milhões onde marcou 9 gols em 20 partidas. Uma nova lesão no joelho o afastou dos gramados mais uma vez.

A volta ao Brasil
Após aproximadamente 15 temporadas, Ronaldo retornou ao futebol brasileiro. Treino no Flamengo, porém frustrou os torcedores rubro-negros ao assinar com o Corinthians.

Depois de uma primeira temporada de sucesso, em 2009, com títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista, o atacante viveu períodos de dificuldade, com seguidos problemas físicos e duas eliminações na Copa Libertadores. A última delas, no começo deste ano, gerou uma série de protestos de parte da torcida.

A partida que marcou a despedida de Ronaldo dos campos aconteceu no último dia 2 de fevereiro, na derrota do Corinthians para o Tolima por 2 a 0, na cidade de Ibagué, na Colômbia. O resultado impediu a classificação da equipe brasileira para a fase de grupos da Libertadores 2011.
Fonte: UOL

Literatura

Taça Guanabara

MADUREIRA 0 X 1 FLUMINENSE
Data: 13/2/2011, local: Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)
Árbitro:Wagner do Nascimento Magalhães (RJ), auxiliares: Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa (RJ)
Renda / Público: R$ 56.730,00 / 3.995 ( 2.808 pagantes )
Cartões amarelos: Arthur, Luís Otávio, Vinícius, Valdir, Nil e Adriano Magrão (MAD), Fernando Bob (FLU)
Gol: Rafael Moura, aos 28'/2ºT (FLU)

Madureira: Cleber, Ivonaldo, Arthur, Luiz Otávio e Da Costa; Vinícius (Marcelo Ramos), Rodrigo, Caio Cezar e Valdir; Edivaldo (Baiano) e Maciel (Adriano Magrão). Técnico: Antonio Carlos Roy

Fluminense: Ricardo Berna; Mariano, Gum, Digão e Julio Cesar; Diogo (Marquinho), Fernando Bob, Souza (Araújo) e Conca; Fred e Rafael Moura (Rodriguinho). Técnico: Muricy Ramalho.

Obs.:
130ª partida entre Fluminense e Madureira ( 93 vitórias do Fluminense, 23 empates, 14 derrotas, 354 gols pró e 133 contra ).

O Fluminense terminou a primeira fase da Taça Guanabara no primeiro lugar do Grupo B, com 06 vitórias, 01 derrota, 20 gols pró e 11 contra, sendo o melhor ataque do campeonato até então, e classificando-se para a semifinal contra o Boavista, de Saquarema.
Colaboração: Alexandre Magno Barreto Berwanger

Literatura

"Nunca Houve um Homem como Heleno"

Heleno de Freitas deixava um rastro de Carnaval por onde passava. Primeiro, pelos dribles e gols com a camisa do Botafogo – foi o grande ídolo da Estrela Solitária na era pré-Garrincha. Depois, pelo aroma de lança-perfume que o envolvia, e não apenas nos três dias de folia – era dependente de éter e isso acelerou seu fim. Para Heleno, a vida era uma festa, interrompida por alguns momentos de lucidez.

E só muito mais tarde se descobriu: a festa era a sífilis, a loucura, a explicar sua fascinante dupla personalidade – em campo, ele era o carrasco dos adversários e dos companheiros, que ele humilhava por igual com seu inatingível perfeccionismo; fora dele, era o sedutor irresistível, que circulava pela sociedade carioca dos anos 1940 e arrebatava as mulheres.

Em "Nunca Houve um Homem como Heleno", Marcos Eduardo Neves resgata um ser humano que teria sido patético e marcante em qualquer atividade. O acaso quis que Heleno jogasse futebol, daí o ineditismo dessa narrativa: um drama quase cinematográfico, estrelado por um galã de calções e chuteiras – da praia aos estádios, das boates ao hospício, tudo isso em apenas 39 anos de vida, 305 jogos e 251 gols que valeram por mil.
(Ruy Castro, jornalista e escritor, na contra capa do livro)

Heleno de Freitas nasceu em São João Nepomuceno-MG, 12 de fevereiro de 1920 e morreu em sanatório de Barbacena-MG, no dia 08 de novembro de 1959.

Formado em Ciencias Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro (atual Faculdade Nacional de Direito da UFRJ), como jogador, atunou no Botafogo, Vasco, Boca Juniors, Atlético Junior de Barranquilla, Santos e América.

Títulos:
Copa Roca :1945 (Seleção Brasileira)
Copa Rio Branco :1947 (Seleção Brasileira)
Campeonato Carioca :1949 (Vasco)

Fez 18 partidas pela Seleção Brasileira de Futebol marcando 15 gols.

Descoberto pelo folclórico Neném Prancha (Antônio Franco de Oliveira -16/06/1906-16/01/1976) , Heleno iniciou a carreira no Fluminense Football Club.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Quinta divisão

Campeonato Brasileiro poderá ter série "E"

Em entrevista via telefone ao programa SporTV News do Canal SporTV, Vírgilio Elísio da Costa Neto afirmou que houve uma reunião com os 5 vice-presidentes da CBF juntamente com o Sr. Ricardo Teixeira, para discutir o novo projeto de abrir a 5ª divisão nacional, que teria início em julho de 2012.

A Série D passaria a contar com 20 times seguindo o mesmo regulamento da Série C, enquanto a Série E herdaria os 40 participantes da antiga divisão final do nacional.

Os participantes da Série D 2012 seriam definidos pela seguinte forma: Os 04 rebaixados da Série C 2011, mais os 16 melhores colocados da Série D 2011 que não conquistaram o acesso.

A Série E 2012 teria o mesmo regulamento da Série D desse ano, e, com previsão de início para julho de 2012.
Fonte: SporTV News.

Outras possibilidades:
Série C
Poderá ter dois grupos de 10 clubes na primeira fase, com os times realizando 18 jogos, sendo 09 em casa.

A alteração ainda depende de um estudo de viabilidade financeira que está sendo realizado pela direeção técnica da CBF. O entrave consiste nos deslocamentos das equipes do Norte e Nordeste. O Rio Branco do Acre, por exemplo, teria de viajar a Natal-RN, Fortaleza-CE, Sobral-CE, Campina Grande-PB e Maceió-AL. A solução deverá vir do contrato de televisionamento dos jogos da terceira divisão, já acertado pela CBF com a Rede Brasil.

Série D
O formato adotado em 2009 e 2010, de 10 grupos de quatro times, será alterado para oito chaves de cinco equipes, saindo 16 para o mata-mata (02ª fase), 08 na 03ª fase e 04 equipes na última fase.

Senado Federal

Senado gasta R$ 64 mil com açougue, frios e frutas para casa de Sarney
Em comemoração ao “fico” na presidência do Senado Federal, o tetrapresidente José Sarney (PMDB-AP) não economizou no supermercado. Na última semana, foi autorizada pela Casa a reserva de recursos no orçamento da ordem de R$ 64 mil para a compra de produtos de açougue, frios e frutas in natura. Todo o material será entregue na residência oficial da presidência da Casa, portanto, no endereço do próprio Sarney. Banquete à vista!

E as compras para a residência do presidente do Senado não param por aqui. Outros R$ 5,1 mil foram programados para garantir a limpeza da casa.
Fonte: http://www.uol.com.br/

Módulo dois

A URT aumentou a diferença nos confrontos com o Mamoré, depois da vitória de 2×0 deste sábado, 12/02, no estádio “Bernardo Rubinger de Queiroz”, gols de Ditinho e Robinho, pela abertura da competição.

Estatística:
Foi o 34º confronto entre URT e Mamoré, desde 91, com 13 vitórias da URT, 07 do Mamoré e 14 empates

Outros resultados:
Patrocinense 1 x 0 Ituiutaba, gol de Cinézio,
Tombense 1 x 1 Itaúna.

Literatura

“A Epopéia dos Vencedores – A Saga do Futebol em Juiz de Fora”

O escritor e pesquisador de futebol Halber Alvim Pedrosa, radicado em Santos Dumont e Juiz de Fora, escreveu o livro “A Epopéia dos Vencedores – A Saga do Futebol em Juiz de Fora”, uma obra sobre os clubes de futebol, imprensa, atletas e dirigentes de Juiz de Fora.

Também estão citados no livro os clubes América, Andaraí, Olympic e Villa do Carmo de Barbacena, além de vários outros da região, com fotos e comentários feitos pelo autor.

É também de sua autoria o livro lançado em 2003, “De Palmyra a Santos-Dumont – Memórias do Futebol na Terra do Pai da Aviação”, sobre o futebol da cidade de Santos Dumont e adjacências, onde o autor trabalhou como professor em vários colégios.

Estudioso do futebol, Halber Alvim Pedrosa nasceu em Ipatinga, é formado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto e Sociologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Vasco 9 x 0 América

Antes do América, Vasco não fazia nove gols numa partida desde 1984
A goleada sobre o América por 9 a 0 já entrou para a história do Campeonato Carioca. E o Vasco não conseguia tal feito desde 1984, quando derrotou a Tuna Luso-PA pelo mesmo placar. A partida, realizada em São Januário, foi válida pelo Campeonato Brasileiro. Naquele ano, a equipe cruzmaltina foi vice-campeã perdendo na final para o Fluminense.

Arthurzinho foi o nome do jogo anotando quatro gols. Marcelo fez três, enquanto Geovani e Aírton marcaram um, cada.

O Vasco, treinado por Edu Coimbra, atuou desta maneira: Acácio (Roberto Costa); Edevaldo, Daniel Gonzales, Nenê e Aírton; Pires, Geovani, Arthurzinho e Jussiê; Marcelo e Marquinho (Cláudio José).

Na história do Campeonato Carioca, entretanto, o Vasco ainda ficou "longe" da sua melhor marca. Na competição de 1947, o Cruzmaltino aplicou 14 a 1 no Canto do Rio.

Entre as principais goleadas do Vasco no Campeonato Carioca, a equipe também já venceu o Andaraí por 12 a 0 (1937), Brasil 11 a 0 (1927), São Cristóvão pelo mesmo placar (1949) e novamente o Brasil, mas desta vez por "apenas" 10 a 0, em 1935.

As dez mais...
11 x 0 - Brasil (Carioca de 1927)
10 x 0 - Brasil (Carioca de 1935)
12 x 0 - Andaraí (Carioca de 1937)
10 x 0 - Bonsucesso-RJ (Amistoso em 1944)
14 x 1 - Canto do Rio (Carioca de 1947)
11 x 0 - São Cristóvão (Carioca de 1949)
10 x 0 - Colatinense-ES (Amistoso em 1954
11 x 0 - Gotemburgo-SUE (Amistoso em 1959)
11 x 0 - Comb. de Trondheim-NOR (Amistoso em 1961)
11 x 0 - Comb. de Petrópolis-RJ (Amistoso em 1988).

Literatura

De Palmyra a Santos-Dumont - Memórias do Futebol na Terra do Pai da Aviação”

Escrito pelo sociólogo Ipatinguense, Halber Alvim Pedrosa, o livro faz um resgate histórico e patrimonial do futebol em Santos Dumont, a terra do pai da aviação. 


São 13 capítulos que contam os caminhos da bola, ilustrado com 135 fotos em 160 páginas.

Constam no livro informações sobre como chegou à primeira bola no estado de Minas Gerais, os percussores do futebol em Santos Dumont, os primeiros clubes, Histórias da Copa Cultura, do Campeonato Amador, da Copa Máster, Torneios Varseanos e Escolinhas de Futebol.

Depoimentos de ex e atuais atletas profissionais de origem sandumonense completam a pesquisa com informações biográficas.

E uma enquete com 34 pessoas diretamente ligadas ao futebol, elegeu-se seleção de todos os tempos da cidade.



O autor contou com a equipe de trabalho composta por Evanir Antonio de Souza (ilustração), Márcio de Freitas (diagramação) , Cinthia de Oliveira (digitação).

Guiness Book
Santos Dumont que forneceu para o Guiness Book, o livro dos recordes, Cica (Darcy Marino da Silva) o maior artilheiro em uma única partida, que em 10 de dezembro de 1967, jogando pelo Social Olímpico Ferroviário, de Santos Dumont, marcou 12 gols, numa partida contra o Pombense, da cidade de Rio Pomba. A partida, válida pelo campeonato regional daquele ano, terminou 17 x 0.

Cruzeiro e Atlético

Atlético emplaca dobradinha sobre o Cruzeiro depois de 17 clássicos
O triunfo do Atlético por 4 a 3, sobre o Cruzeiro, neste sábado, na Arena do Jacaré, foi muito comemorado pelos torcedores alvinegros por Belo Horizonte. Foi a segunda vitória consecutiva do Galo sobre a Raposa, depois de 17 clássicos sem conseguir emplacar a dobradinha.

A última vez que o Atlético havia vencido o Cruzeiro duas vezes consecutivas fora no Campeonato Mineiro de 2007. Naquela ocasião, o Galo triunfou no duelo da primeira fase por 3 a 1 e goleou por 4 a 0 no clássico seguinte, o primeiro da decisão do Estadual. Do atual elenco alvinegro, apenas o zagueiro Lima esteve em campo nos dois jogos.

De lá para cá, foram 17 jogos (antes do clássico deste sábado), com 13 vitórias do Cruzeiro, dois empates e duas vitórias do Atlético. O único triunfo alvinegro antes da atual dobradinha foi em 2009, quando o clube celeste disputou o clássico com time reserva e o Galo venceu por 3 a 0. No jogo seguinte, o Cruzeiro venceu por 1 a 0, pelo segundo turno do Brasileiro, e impediu a dobradinha alvinegra.

Os últimos clássicos entre Cruzeiro e Atlético:
10/02/2007 – Cruzeiro 1 x 3 Atlético – Mineiro
29/04/2007 – Atlético 4 x 0 Cruzeiro – Final do Mineiro
06/05/2007 - Cruzeiro 2 x 0 Atlético – Final do Mineiro
24/06/2007 - Cruzeiro 4 x 2 Atlético – Brasileirão
16/09/2007 - Atlético 3 x 4 Cruzeiro – Brasileirão
09/03/2008 - Atlético 0 x 0 Cruzeiro – Mineiro
27/04/2008 - Atlético 0 x 5 Cruzeiro – Final do Mineiro
04/05/2008 - Cruzeiro 1 x 0 Atlético – Final do Mineiro
13/07/2008 - Cruzeiro 2 x 1 Atlético – Brasileirão
19/10/2008 - Atlético 0 x 2 Cruzeiro – Brasileirão
17/01/2009 - Cruzeiro 4 x 2 Atlético – Torneio de Verão
15/02/2009 – Cruzeiro 2 x 1 Atlético – Mineiro
26/04/2009 – Cruzeiro 5 x 0 Atlético – Final do Mineiro
03/05/2009 – Atlético 1 x 1 Cruzeiro – Final do Mineiro
12/07/2009 - Cruzeiro 0 X 3 Atlético – Brasileiro
12/10/2009 – Atlético 0 x 1 Cruzeiro – Brasileirão
20/02/2010 – Atlético 1 x 3 Cruzeiro – Mineiro
01/08/2010 – Atlético 0 x 1 Cruzeiro – Brasileirão
24/10/2010 – Cruzeiro 3 x 4 Atlético – Brasileirão
12/02/2011 – Cruzeiro 3 x 4 Atlético – Mineiro.

Bolsa-Família

Vereadores e secretários mineiros também recebem o Bolsa-Família Levantamento feito pelo Estado de Minas (www.em.com.br) mostra que, só no ano passado, mais de 1,3 mil funcionários públicos municipais receberam o benefício destinado à população pobre
Principal programa social do governo, o Bolsa-Família ajudou a reeleger o então presidente Lula em 2006, foi cabo eleitoral de Dilma Rousseff no ano passado e mereceu elogios até mesmo de candidatos da oposição, que prometeram ampliá-lo se chegassem ao Planalto. Mas uma parte do dinheiro que deveria reduzir um pouco os efeitos da miséria em milhões de lares brasileiros, oito anos depois de criado o programa, ainda é desviada para beneficiar pessoas que não se encaixam no perfil exigido. Em 2010, último ano do governo Lula, 1.327 funcionários públicos municipais com renda familiar per capita acima da estipulada pelo Bolsa-Família receberam o benefício, de acordo com levantamento feito pelo Estado de Minas com base nos relatórios divulgados pela Controladoria-Geral da União (CGU), em suas investigações sobre a aplicação de verbas públicas federais nos municípios. Desses, pelo menos 30 são mulheres de vereadores e 15 mulheres de secretários de prefeituras. Muitos beneficiários ainda continuaram recebendo o benefício mesmo depois das visitas dos fiscais em março, maio e julho

Frei Inocêncio-MG
Em Frei Inocêncio, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, a controladoria flagrou a mulher do então secretário de Obras, Cyntia Rodrigues Pereira, recebendo o benefício no valor de R$ 68. Ela teve a poupança bloqueada em abril, um mês depois da visita da CGU à cidade. Seu marido, Marcelo Vieira Cabral, foi exonerado da secretaria em outubro, devido a atritos com o prefeito. Cyntia disse que já recebia o benefício antes de conhecer Marcelo. Ela assumiu que não precisava da verba, mas explicou que o dinheiro era para ajudar o irmão, de 14 anos. “Somos órfãos e meu irmão precisava desse dinheiro”, afirmou.

São Joaquim de Bicas-MG
Em São Joaquim de Bicas, a 30 quilômetros de Belo Horizonte, na Região Central de Minas, 104 servidores municipais receberam o benefício irregularmente em 2010, de acordo com os relatórios da controladoria. Com renda de R$ 2.198, a agente da dengue Amária Aparecida Soares, dona de uma confortável casa na Rua Rio de Janeiro, no Bairro Tereza Cristina, está cadastrada no programa. A alguns quarteirões, em um barracão, mora sua irmã, titular do benefício, Neuza Rosa Soares. Com dois filhos pequenos, Neuza disse que é a única que usa o dinheiro, “até porque a minha irmã não precisa, tem casa própria”. Ela não soube explicar por que Amária está cadastrada, mas disse que já pediu para tirar o nome dela da lista. Amária Soares não foi localizada pela reportagem, seu marido, Alexandre Soares, que trabalha em uma funerária, disse não saber que sua mulher está cadastrada.

Benedito Leite-MA
Nos grotões do Maranhão, em Benedito Leite, cidade com pouco mais de 5,3 mil habitantes, os desvios do recurso federal beneficiaram a vereadora Idelvania Carreiro de Morais. Ela, diferentemente do seu companheiro na Câmara Municipal, que pôs a mulher como titular no cadastro, recebia a verba diretamente. Segundo as informações da CGU, a vereadora não declarou renda, mas se elegeu em 2008, de acordo com os registros da Justiça Eleitoral. Já a mulher do outro vereador, Maria Aparecida Miranda da Silva, solicitou cancelamento do benefício, em 10 de agosto, um mês depois da visita dos fiscais na cidade. Seu marido recebia no Legislativo Municipal R$1,4 mil. Os vereadores foram procurados pela reportagem, mas não foram encontrados.

São Expedito Lopes-PI
Como se não bastasse secretários e vereadores receberem o benefício, a CGU encontrou até chefe de gabinete da prefeitura e coordenador do Bolsa-Família tirando proveito do dinheiro dos pobres. Estes casos foram detectados em São Expedito Lopes, no Piauí. Além de a mulher do secretário de Obras ter sido contemplada com os recursos, dois coordenadores do programa aproveitaram a situação para se cadastrar. Além deles, outros dois funcionários da prefeitura receberam o benefício irregularmente: uma professora e um servidor da Secretaria Municipal de Agricultura.

Ubiretama-RS
Em Ubiretama, no Rio Grande do Sul, a beneficiária que recebia R$ 112 do programa mora em uma casa de alvenaria e madeira. De acordo com dados extraídos do relatório de faturamento dos produtores rurais, liberados pela prefeitura para análise da CGU, o marido dela recebeu, em 2009, R$ 136.740,76, o que representa uma média mensal de R$ 11.395,06. Como a família é composta por quatro pessoas, o valor per capita apurado pela controladoria é de R$ 2.848,77, ultrapassando em 20 vezes o valor máximo para ter direito ao recurso, de R$ 140. No mesmo município, foram detectadas mais nove famílias que recebem o dinheiro de maneira irregular.

Brasileira-AC
No Acre, na cidade de Brasileira, uma das famílias que recebem o recurso do governo federal tem carro, mora em uma área rural de 80 hectares e tem, aproximadamente, 20 cabeças de gado, segundo o relatório da CGU. Outro beneficiário, em Esperantina, no Piauí, é dono de uma drogaria. Os fiscais encontraram várias pessoas contempladas pelo Bolsa-Família que são donas de comércio ou de propriedade rural. Em Sincorá, na Bahia, uma beneficiária tem casa própria, propriedade rural, vários eletrodomésticos e uma caminhonete Chevrolet C-10. Em Terra Santa, no Pará, duas beneficiárias têm comércio, uma de peças de bicicleta e outra de bebidas.

O Decreto 5.209/2004 proíbe que políticos eleitos em qualquer esfera de governo recebam recursos do Bolsa-Família.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Campeonato Mineiro

América-TO 1 x 1 Caldense

Cruzeiro 3 x 4 Atlético
Gols: Wellington Paulista, aos 19’1T, Henrique, aos 4’2T e Gil, aos 40’2T (Cruzeiro); Diego Tardelli, aos 25’1T, 27’1T e 5’2T e Neto Berola, aos 26’2T(Atlético)
Público: 9.793 pagantes
Renda: R$ 267.256,88

Tupi 4 x 3 Democrata
Gols: Edilson, aos 9’1T, Michel, aos 43’1T, Felipe Cordeiro, aos 11’2T e Rafael Paty, aos 29’2T (Tupi); Lé Devanir (contra), 40’1T, Fernandão, aos 45’1T e Renê, aos 45’2T (Democrata)
Público pagante: 1.034 pagantes
Público total: 1434
Renda: R$5.432,00

Tupi: Rodrigo, Felipe Cordeiro, Léo Devanir, Fabrício Soares e Fabiano; Claudinho Baiano, Evandro, Marcel e Edilson (Rafael Paty); Yan e Michel (Assis). Técnico: Leonardo Condé
Democrata: Vilar, Zé Wilker (Vinicius Colombiano), Lúcio (Vander), Emerson e Baiano; Silvio, Taércio, Rogério (Renê) e Léo Guerreiro; Fernandão e Ely Thadeu e. Técnico: Anthoni Santoro
Cartões Amarelos: Tupi: Rodrigo, Léo Devanir, Claudinho Baiano e Michel
Democrata: Lúcio, Baiano, Rogério, Ely Thadeu e Renê
Cartão Vermelho: Tupi: Claudinho Baiano.

Heleno de Freitas

por Nei Medina

12 de fevereiro de 2011. Se estivesse vivo, Heleno de Freitas estaria completando 91 anos.

FATO HISTÓRICO: Heleno de Freitas foi artilheiro do campeonato carioca de 1942 com 28 gols.

DETALHE: Até o campeonato carioca de 2010, esta marca nunca foi alcançada por nenhum outro jogador do Botafogo. Mesmo com sucessores artilheiros como: Octávio de Moraes, Dino da Costa, Paulo Valentin, Quarentinha, Garrincha, Amarildo, Roberto Miranda, Jairzinho, Mendonça e Túlio Maravilha. Os que mais se aproximaram da expressiva marca foram: Dino da Costa (24 gols em 1954), Quarentinha (25 gols em 1959 e 60) e Túlio (27 gols em 1995).

Vale lembrar que outros jogadores superaram este feito, porém, defendendo outros clubes. Por exemplo: Rodrigues do Fluminense marcou 30 gols em 1946; Ademir de Menezes no Expresso da Vitória assinalou 31 gols em 1949 e Zico estufou a rede 30 vezes em 1975.

Nei Medina - São João Nepomuceno - Zona da Mata Mineira, Terra do "craque galã".
Fonte: www.neimedina.blogspot.com

Literatura

"Você ouvinte é a nossa meta - A importância do rádio no imaginário do torcedor de futebol"
O livro apresenta um passeio em torno da importância do rádio no imaginário do torcedor de futebol. O jornalista, professor e escritor Márcio de Oliveira Guerra 
relata na obra, da trajetória do envolvimento que existe entre o rádio e o futebol, uma história marcada pela paixão e cheia de controvérsias. Nas palavras do autor: "Defender a máxima de que o brasileiro não vive sem rádio não parece ser o mais correto. Mas dizer que, com o rádio, a vida do brasileiro, especialmente do torcedor, é bem mais alegre, certamente sim. O que aconteceu no encontro do futebol com a narração esportiva foi a celebração de dois grandes espetáculos. Ver o jogo ouvindo o rádio foi mais do que um hábito formado. Foi a possibilidade de aproximar o ouvinte do jogo", conclui o autor.

Campeonato Mineiro

Cruzeiro
Sem Marquinhos Paraná, que ainda se recupera de uma torção no tornozelo, o técnico Cuca mantem o time da vitória sobre o Villa Nova, com Leandro Guerreiro no meio e Pablo na lateral direita. A novidade fica por conta do retorno de Roger à lista de relacionados. Recuperado de dor no músculo adutor da coxa, Roger pode entrar no decorrer da partida.

Atlético
A novidade é Leonardo Silva, o zagueiro vai estrear contra o ex-clube. Ele vai substituir Réver, lesionado. Além de Réver, o Atlético terá outros dois desfalques. Expulso na rodada passada, Richarlyson dará lugar a Zé Luís. O lateral-direito Patric também foi vetado por contusão, Jackson vai ser improvisado, mantendo Serginho no meio-campo

Cruzeiro: Fábio; Pablo, Leo, Gil e Diego Renan; Leandro Guerreiro, Henrique, Gilberto e Montillo; Thiago Ribeiro e Wellington Paulista. Técnico: Cuca
Atlético: Renan Ribeiro; Jackson, Leonardo Silva, Werley e Leandro; Zé Luís, Serginho, Ricardinho e Renan Oliveira; Diego Tardelli e Magno Alves. Técnico: Dorival Júnior
Arbitragem: Cleisson Veloso Pereira, Márcio Eustáquio Santiago e Helbert Costa Andrade.

Literatura

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Tupi (Juiz de Fora) e Democrata (Governador Valadares)

Tupi: Rodrigo; Wesley Ladeira, Léo Devanir e Fabrício Soares; Felipe Cordeiro (Levy) e Fabiano; Claudinho Baiano, Marcel e Michel; Evandro (Edilson) e Yan (Paty). Técnico: Leonardo Condé
Democrata: Vilar; Juninho (Zé Wilker), Lucio, Emerson e William Matheus; Marcinho, Rogério (Natan), Taércio e Vander; Amilton (Léo Guerreiro) e Fernandão. Técnico: Anthoni Santoro.
Arbitragem: Joel Tolentino Damata Júnior, Celso Luiz da Silva, Janette Mara Arcanjo, João Batista Neves Guelber Júnior e Álvaro Azeredo Quelhas.

Estatística:
N° de jogos: 23 jogos
Tupi: 07 vitórias e 18 gols marcados
Democrata: 07 vitórias e 19 gols marcados
Empates: 09

A Rádio Cultura de Santos Dumont (http://www.radioculturasd.com.br/) transmite o jogo com Edson Palma, João Begati, Carlos Ferreira, Sérgio Rodrigues, Evandro Begati e Guilherme Galdino.

Egito

Após 30 anos no poder, ditador Hosni Mubarak renuncia no Egito


Após 18 dias de intensos e violentos protestos que tomaram diversas cidades do Egito, o ditador Hosni Mubarak, de 82 anos, renunciou ao poder depois de comandar uma ditadura com mão de ferro durante 30 anos. O anúncio foi feito pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, na TV estatal. Em poucos minutos, centenas de milhares estavam em festa e aos gritos na praça Tahrir, epicentro das manifestações de oposição.

Hosni Mubarak nasceu em 04 de maio de 1928, na vila de Kafr el-Moseilha, no delta do Nilo. Foi escolhido vice-presidente em 1975 e assumiu a presidência do paí em 14 de outubro de 1981, após o assassinato do presidente e Nobel da Paz, Anwar Sadar.

Cruzeiro e Atlético

Nove décadas de rivalidade e paixão

Principal clássico mineiro completa, em 2011, 90 anos. Novo capítulo do encontro entre Atlético e Cruzeiro será escrito neste sábado, na Arena do Jacaré

Cruzeiro e Atlético escrevem, neste sábado, às 17h, na Arena do Jacaré, um novo capítulo de uma história que completa 90 anos em 2011. Desde a primeira partida entre os clubes, em 1921, mais de 400 duelos foram travados, a maioria deles em Belo Horizonte, por torneios locais, regionais e nacionais. O primeiro foi um amistoso em 17 de abril de 1921, no antigo Estádio do Prado, em BH, onde hoje é o Batalhão da Polícia Militar, na rua Platina. Então Palestra Itália, o time cruzeirense venceu por 3 a 0, com dois gols de Atílio e um de Nani. Recém-criado, recebeu uma medalha de ouro pelo triunfo sobre o rival, fundado 13 anos antes e que na época dividia o posto de principal clube da cidade com o América.

Embora ainda não fosse o principal clássico de Belo Horizonte à época, o derby teve algumas importantes páginas de sua história escritas em sua primeira década. Foi em 1927 que o Atlético aplicou a maior goleada da história do clássico: 9 a 2, pelo Campeonato Mineiro, chamado Campeonato da Cidade. Na ocasião, o clube palestrino já estava eliminado do torneio e se vencesse provocaria uma decisão entre América e Atlético na última rodada. O Galo atropelou e ficou com o troféu. Anos mais tarde, em entrevista ao Estado de Minas, o atacante do Palestra, Ninão, alegou que os celestes teriam entregado a partida para evitar que o título ficasse mais uma vez com o América, então decacampeão mineiro, de 1916 a 1925.

Era apenas a primeira de muitas polêmicas que ocorreriam na história do clássico. A maior divergência até hoje está relacionada às estatísticas do duelo. De acordo com os números do Galo, foram 467 jogos, com 189 vitórias atleticanas, 123 empates e 155 triunfos azuis. Já nas contas do Cruzeiro são 449 confrontos, com 154 vitórias celestes, 119 empates e 176 triunfos do rival.

O desencontro se deve à política adotada pelos clubes. O Cruzeiro desconsidera amistosos e torneios extraoficiais disputados por times mistos, além de partidas com tempo regulamentar inferior a 90 minutos. Já o Atlético leva em conta os jogos nos quais os times estejam com uniforme oficial, haja arbitragem e seja respeitado o tempo definido pelo regulamento da competição em questão – nos primórdios, a duração das partidas, em alguns casos, era inferior a 90 minutos.

Com o Gigante, o clássico se agiganta
Até os anos 1950, o grande clássico da capital mineira era América x Atlético, times mais antigos e com maior número de títulos estaduais. Foi a partir dos anos 1960, com a inauguração do Mineirão, que o Cruzeiro roubou o posto do Coelho e passou a disputar com o Galo a hegemonia de Minas. Foi também com o Gigante da Pampulha que o clássico tomou grandes proporções de público e renda e passou a ter reconhecimento nacional. O primeiro duelo, em 24 de outubro de 1965, foi vencido pelo Cruzeiro por 1 a 0, com gol de Tostão, e assistido por 47.530 pagantes, público inimaginável para os padrões da torcida mineira à época.

Em pouco tempo, o clássico passou a ter média de público de aproximadamente 90 mil torcedores por partida. O ápice de bilheteria ocorreu no Mineiro de 1969, quando 123.351 pagantes viram o triunfo celeste por 1 a 0 – recorde de público pagante do Mineirão em toda a sua história.

Até mesmo nos jogos disputados no Gigante da Pampulha há diferença nas estatísticas. De acordo com o Cruzeiro, são 218 partidas, sendo 80 vitórias celestes, 69 empates e 69 derrotas. Para o Galo, foram 224 jogos, com 72 vitórias alvinegras, 71 empates e 81 derrotas.

Ídolos e jogos inesquecíveis
Nesses 90 anos, incontáveis craques mostraram seu talento no grande clássico mineiro. O cruzeirense Wilson Piazza disputou 47 – venceu 17, empatou 17 e perdeu 13. Apesar da experiência internacional e dos títulos da Copa do Mundo de 1970, da Libertadores de 1976 e do Brasileiro de 1966, ele confessa que enfrentar o arquirrival sempre teve sabor diferente. “Todo artista gosta de espetáculo com grande público e o clássico sempre carrega multidões aos estádios. Era o jogo que eu nunca queria ficar de fora, mesmo sabendo da dificuldade”.

O argentino Sorín, campeão da Liga dos Campeões pela Juventus e da Libertadores pelo River Plate, disputou oito jogos contra o Galo, também guarda boas recordações. “É um dos clássicos mais bonitos que já presenciei, é um clássico nacional, mas é uma disputa de quem vai ser o dono da região. Meu primeiro jogo foi inesquecível, pelo Brasileiro de 2000, ganhamos por 4 a 2. Perdíamos de 2 a 0 e eu tive a felicidade de fazer o gol da virada”.

O ex-atacante do Galo Dario volta mais de 30 anos no tempo para relembrar seu clássico mais marcante. “Sem dúvida foi pelo Campeonato Mineiro de 1970, quando o Atlético ganhou de 2 a 1. O time do Cruzeiro era uma máquina. Tinha Raul, Natal, Dirceu Lopes, Zé Carlos, Tostão e Piazza. E o Atlético ganhou com dois gols de Dadá, né?”, brinca o jogador, autor de oito gols em 25 confrontos contra o time celeste.

Um dos ídolos recentes da torcida alvinegra, Guilherme balançou as redes cruzeirenses nove vezes com a camisa atleticana e também fez gol no Galo vestindo as cores celestes: marcou dois em partida pelo Mineiro de 2004. Ele, contudo, aponta os jogos pelas quartas de final do Brasileiro de 1999, quando defendia o alvinegro, como os mais especiais: “Principalmente pelas circunstâncias, pois falavam que o Atlético não tinha estrutura e tecnicamente o Cruzeiro era superior. Mas o nosso time estava unido. Por tudo isso e ainda valendo vaga em semifinal de Brasileiro foi inesquecível. Curioso que nesta semana gravei em DVD´s alguns gols que marquei, inclusive esses de 1999. Boas lembranças”.
Fonte: http://www.uai.com.br/